Rio de Janeiro - O desfile da Unidos da Tijuca, na madrugada deste domingo (24;4), na Marquês de Sapucaí, foi conduzido por vozes de uma mesma família. Isso porque os intérpretes oficiais da escola, Wantuir e Wictória Tavares, a Wic, são pai e filha. O dueto levantou o público do sambódromo e, tão logo começou a cantar, a moça foi ovacionada.
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Vídeo: Carnaval do Rio termina em comoção e festa para Martinho da VilaDo cinema à avenida: Paraíso do Tuiuti leva o Pantera Negra para a Sapucaí'Bolsonaro' se transforma em jacaré após tomar vacina no Sambódromo de SPBailarino do Grupo Corpo conta como foi participar do desfile da Beija-FlorIdosa tem cadeira de rodas imprensada por carro da Paraíso do TuiutiWic e Wantuir cantam juntos há pelo menos uma década. Experiente puxador do carnaval carioca, ele costumava levar a filha para compor o coral de apoio. Neste ano, porém, ela foi promovida ao posto de primeira voz. O pai comemorou a parceria.
"Tudo em família é mais confortável e jeitoso", disse, ao Estado de Minas.
A dupla de cantores da Tijuca veio vestida a caráter e entrou no espírito indígena. Wantuir, inclusive, se encheu de adereços indígenas. Ele utilizou acessórios fornecidos por habitantes da aldeia Maracanã, localizada na capital fluminense.
"Fui buscar com eles para pegar a energia que trazem da terra e das nossas florestas", explicou o puxador, devoto de Nossa Senhora Aparecida.
Os estilos de Wantuir e Wic são complementares. Ele tem voz rouca e grave; ela, por sua vez, conseguiu dar emoção aos trechos dolentes da canção tijucana.
Apenas duas mulheres no microfone principal
Das doze escolas que desfilaram na Sapucaí entre sexta e hoje, apenas duas têm mulheres fazendo a primeira voz. Além da Tijuca, há o Paraíso do Tuiuti. Grazzi Brasil, a escolhida, já canta há quatro anos no sambódromo do Rio. Em 2018, ela ganhou notoriedade ao defender o samba "Meu Deus, meu Deus! Está extinta a escravidão".
"Sou muito feliz por ser uma das poucas mulheres