Diversas cidades do Brasil estão com seus estoques de dipirona injetável em falta. A informação foi repassada pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde Municipais (Conasems) em relatório enviado ao Ministério da Saúde. O medicamento em questão é um dos mais usados nas redes de saúde, indicado para o tratamento de dor e febre.
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Além da dipirona injetável, outros remédios em falta seriam a
ocitocina injetável (usada para prevenir o sangramento após o parto de mulheres) e a neostigmina (antimiastênico e estimulante muscular colinérgico).
Algumas razões relatadas pelo órgão seriam fracasso nos certames, certames desertos, desistência dos fornecedores, suspensão das entregas e prorrogação das entregas por mais de 90 dias.
O Conasems também denunciou à pasta os preços abusivos praticados por alguns laboratórios, que se aproveitariam dos estoques em alta para inflacionar os medicamentos.
“O Conasems também manifesta preocupação com a constatação e publicação de descontinuidade de produção de um ou mais fabricantes, o que alerta para os impactos no acesso a estes medicamentos. Há relatos e registro do aumento dos preços praticados por "quem tem algum quantitativo para vendas”, diz o órgão, no comunicado.
Reajuste alto
O problema da falta de medicamentos já havia sido comunicado pelo Conasems há um mês. Em abril, os produtos farmacêuticos subiram 6,13%, segundo dados do IBGE.
Em nota, o Ministério da Saúde diz que está se prontificando a solucionar a questão: "O Ministério da Saúde trabalha sem medir esforços, juntamente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para verificar as causas e articular ações emergenciais para mitigar o desabastecimento dos medicamentos citados".