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Estado de Minas MEDICAMENTOS

Dipirona em falta: conselho diz que cidades estão sem o remédio

Além do medicamento injetável usado para dor e febre, outros dois estariam em falta nos hospitais. Ministério da Saúde já havia sido avisado há um mês


13/05/2022 19:07 - atualizado 14/05/2022 10:20

Remédios em farmácia
Pelo menos 23 estados estariam enfrentando a falta de medicamentos (foto: Marcelo Barbosa/Imprensa MG)
Diversas cidades do Brasil estão com seus estoques de dipirona injetável em falta. A informação foi repassada pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde Municipais (Conasems) em relatório enviado ao Ministério da Saúde. O medicamento em questão é um dos mais usados nas redes de saúde, indicado para o tratamento de dor e febre.
 
Em Belo Horizonte, por meio de nota, a prefeitura informou que não há falta dos medicamentos nas unidades da rede SUS-BH, além da Santa Casa BH e do Hospital Eduardo de Menezes. O governo de Minas também foi questionado, mas não enviou resposta. 

No relatório enviado ao Ministério da Saúde, o Conasems relatou que pelo menos 23 das 27 unidades federativas do país estariam desabastecidas do medicamento.
 
Além da dipirona injetável, outros remédios em falta seriam a
ocitocina injetável (usada para prevenir o sangramento após o parto de mulheres) e a neostigmina (antimiastênico e estimulante muscular colinérgico).

Algumas razões relatadas pelo órgão seriam fracasso nos certames, certames desertos, desistência dos fornecedores, suspensão das entregas e prorrogação das entregas por mais de 90 dias.

O Conasems também denunciou à pasta os preços abusivos praticados por alguns laboratórios, que se aproveitariam dos estoques em alta para inflacionar os medicamentos. 

“O Conasems também manifesta preocupação com a constatação e publicação de descontinuidade de produção de um ou mais fabricantes, o que alerta para os impactos no acesso a estes medicamentos. Há relatos e registro do aumento dos preços praticados por "quem tem algum quantitativo para vendas”, diz o órgão, no comunicado. 

Reajuste alto 

O problema da falta de medicamentos já havia sido comunicado pelo Conasems há um mês. Em abril, os produtos farmacêuticos subiram 6,13%, segundo dados do IBGE. 

Em nota, o Ministério da Saúde diz que está se prontificando a solucionar a questão: "O Ministério da Saúde trabalha sem medir esforços, juntamente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para verificar as causas e articular ações emergenciais para mitigar o desabastecimento dos medicamentos citados".


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