Está presa a mulher acusada de servir feijão envenenado aos dois enteados no Rio de Janeiro. A madrasta esteve na delegacia nesta sexta (20/05) para prestar esclarecimentos e teve sua prisão temporária decretada pela Justiça. O menino de 16 anos está internado com intoxicação. Sua irmã, de 22, acabou morrendo em março depois de apresentar os mesmos sintomas.
O envenenamento do adolescente teria ocorrido em 15 de maio. De acordo com informações do jornal O Globo, durante o almoço, ele reclamou que o feijão estava com um gosto amargo e não quis comer. A madrasta, identificada como Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49, teria levado o prato de volta para a cozinha e colocado mais comida.
Em depoimento, o menino contou ter enxergado "pedrinhas azuis que estavam no feijão". A mulher teria apagado a luz da cozinha, ao servir sua comida, "como se quisesse esconder alguma coisa". Mas, em sua defesa, ela alega que as "pedrinhas" eram tempero de bacon.
O estudante começou a passar mal cerca de uma hora depois do almoço, quando já estava na casa da mãe. Ele deu entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer com tontura, língua enrolada, babando e com coloração da pele branca. Na sequência, passou por uma lavagem gástrica.
Os médicos diagnosticaram "intoxicação exógena" e o menino segue internado.
Segundo as investigações, a irmã do adolescente, uma jovem de 22 anos, apresentou sintomas similares em 15 de março, depois de fazer uma refeição na casa do pai e da madrasta. Ela foi atendida no mesmo hospital e acabou morrendo.
A morte da menina, até então associada a causas naturais, passou a ser investigada como homicídio. A suspeita é de que a madrasta também tenha envenenado a enteada pela comida.
Um dos filhos da acusada teria relato à polícia que a mãe confessou ter colocado chumbinho (veneno de matar rato) na comida dos dois enteados e que teria rido enquanto colocava mais feijão no prato deles. A suspeita é de que a mulher teria ciúmes do marido com os filhos dele.