Os dados do sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira (10/6), mostram queda de 35,2% na área sob alerta de desmatamento na Amazônia em maio de 2022 na comparação com o mesmo mês de 2021. Entretanto, o Greenpeace Brasil faz um alerta de que essa redução é pontual, e, além disso, nada menos do que 900 km² da Amazônia estiveram sob alerta de desmatamento em maio 2022, "corroborando para que, no acumulado de janeiro a maio deste ano, ocorresse um aumento de quase 13% em relação ao mesmo período em 2022".
De acordo com o órgão, os dados do Inpe evidenciam que a destruição segue avançando na Amazônia, especialmente sobre as florestas públicas não destinadas, sobretudo no estado do Amazonas. Vale lembrar que, em abril, o desmatamento na Amazônia bateu recorde.
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A entidade ressaltou ainda que a destruição da Amazônia "é resultado de um projeto político que, ao longo dos últimos três anos, vem promovendo e legitimando os recordes no desmatamento na Amazônia, a proliferação de garimpos ilegais, a invasão de terras públicas, Unidades de Conservação (UC) e de Terras Indígenas (TI). Soma-se a isso o alastramento da violência e do crime organizado".
Na avaliação do Greenpeace, o recente desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips "é um dos tantos exemplos que escancaram o descaso, a omissão e a ausência do Estado brasileiro na Amazônia, que atinge também àqueles que defendem a floresta".