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Estado de Minas CRIME NA AMAZÔNIA

'Destamparam o caldeirão": o efeito das mortes de Bruno e Dom Phillips

"Não basta identificar os assassinos, é preciso mostrar quem manda ali. Afinal, os crimes indicam que a região está à mercê da bandidagem"


17/06/2022 09:48

Índigena posta para foto à frente de painel com imagens de Bruno Pereira e Dom Phillips
Índigena posta para foto à frente de painel com imagens de Bruno Pereira e Dom Phillips (foto: EVARISTO SA / AFP)


Desde a confirmação dos assassinatos do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira na Amazônia, advogados começaram uma intensa movimentação nos bastidores no sentido de deixar todo o caso no Poder Judiciário Federal e também no Ministério Público, informa o Blog da Denise, do Correio Braziliense.

- Leia: Dom e Bruno, o que falta esclarecer em crime no Amazonas?

"O receio dos advogados é de que desapareçam com provas. É preciso apreender celulares e vasculhar a vida dos suspeitos, além de instalar um grupo de inteligência na região não só para apurar se há e quem são os mandantes, mas para tirar o controle da marginalidade do tráfico e garimpo ilegal", diz a jornalista Denise Rothenburg.

E ela completa: "A avaliação geral é a de que não basta identificar os assassinos, é preciso mostrar quem manda ali. Afinal, os crimes indicam que a região está à mercê da bandidagem, que não teme matar quem lhe denuncia. A repercussão internacional está forte e, nesse conjunto de tragédia e barbárie, ou os Poderes constituídos retomam o controle ou o país ficará com a imagem de 'terra sem lei'".
 


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