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Estado de Minas CASO DOM E BRUNO

Dom e Bruno: Polícia Federal inicia hoje (22/6) perícia em embarcação

PF analisará embarcação onde estavam o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips. Até o momento, três suspeitos do crime foram presos


22/06/2022 12:00 - atualizado 22/06/2022 13:24

Bruno Pereira e Dom Phillips
Perícia na embarcação onde estavam Bruno Pereira e Dom Phillips começa hoje (22/6) (foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) afirmou que a perícia na embarcação onde estavam o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips começa nesta quarta-feira (22/6). Segundo Eduardo Fontes, superintendente da Polícia Federal no Amazonas, três suspeitos de participação nos assassinatos foram presos e outros cinco declararam ter auxiliado na ocultação dos cadáveres.

O superintendente informou que a motivação do crime ainda está sendo apurada. Ao comentar a perícia na embarcação, ele não descarta a possibilidade de um mandante e o surgimento de outros envolvidos.
"Novas diligências serão feitas. Tudo isso para a gente juntar esse quebra cabeça. Também estamos aguardando os desfechos dos laudos periciais para concluirmos qual foi a dinâmica do evento, circunstâncias, motivações do crime", disse Eduardo à Rádio Gaúcha.

Fontes ressalta que até o momento as histórias declaradas são compatíveis, principalmente com as munições encontradas na casa do principal suspeito, Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", que confessou ter matado as vítimas.

"O jornalista estava no lugar errado, na hora errada, com a pessoa errada. A questão ali era o Bruno, que era o grande problema deles, que dificultava na pesca ilegal de peixes lá".


Mortes


Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram no dia 5 de junho durante uma viagem pelo Vale do Javari, um dos maiores territórios indígenas do Brasil, no Oeste do Amazonas.

A dupla estava na região com o objetivo de entrevistar ribeirinhos e indígenas para a produção de um livro sobre a Amazônia.


A Polícia prendeu suspeitos de envolvimento no assasinato de Bruno e Dom, entre eles os irmãos Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, e Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”.

Os criminosos tinham histórico de prática de pesca ilegal nas imediações e já haviam ameaçado o indigenista em circunstâncias anteriores.


Após serem mortos a tiros, Bruno Pereira e Dom Phillips tiveram os corpos queimados, esquartejados e enterrados.

A PF contou com informações repassadas pelos acusados de homicídio e a ajuda de ribeirinhos e indígenas para localizar as vítimas na última quarta-feira (15). A confirmação das identidades por meio de exames de arcada dentária ocorreu na quinta-feira (16).

*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Arruda


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