O ex-ministro da Fazenda, Ernane Galvêas, morreu por volta das 20h30 dessa quinta-feira, 23, no Hospital Samaritano de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. Aos 99 anos, Galvêas teve complicações após uma cirurgia de retirada de aneurisma.
Contador, economista e bacharel em direito, foi presidente do Banco Central do Brasil; Ministro da Fazenda; representante do Brasil junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI); diretor-financeiro da Comissão de Marinha Mercante, diretor da Carteira de Comércio Exterior (CACEX), chefe-adjunto do departamento econômico da Superintendência da Moeda e o Crédito (Sumoc); e secretário executivo da Comissão Especial sobre Produtos Agrícolas.
Galvêas lecionou política monetária, comércio internacional e moeda e crédito em cursos de ensino superior e de pós-graduação na Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro, na Faculdade de Ciências Econômicas do Estado da Guanabara e no Curso de Pós-Graduação do Conselho Nacional de Economia. Desde 1988, era consultor econômico da presidência da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e membro do conselho administrativo da Aracruz Celulose desde 2008.
Autor de artigos e mais de 60 livros, como Aprendiz de empresário (1983), Crises da minha vida (2017) e História contada do Banco Central do Brasil (2019). Enquanto ministro da Fazenda, definiu como sua área de competência a administração do balanço de pagamentos e do orçamento monetário, promovendo uma atuação entrosada com a Secretaria de Planejamento e os demais ministérios da área econômica.
Segundo o presidente-executivo da AEB, José Augusto de Castro, o comércio exterior brasileiro perde um dos seus mais brilhantes ícones. “Sua trajetória de vida foi dedicada ao desenvolvimento econômico-social e indutor do aumento da produção, da produtividade, da capacitação competitiva e da geração de emprego e renda para o país. A AEB lamenta esta perda irreparável e ratifica a certeza de que o nome de Ernane Galvêas estará assegurado na história desta Entidade e do Comércio Exterior Brasileiro”, conclui.