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Estado de Minas REPERCUSSÃO

Estupro: inquérito diz que ato sexual envolveu duas crianças

Ninguém foi indiciado, pois o principal suspeito de ter engravidado a criança foi um menino de 13 anos


23/06/2022 23:53 - atualizado 24/06/2022 16:20

Foto ilustrativa de uma sombra em parede branca de uma criança sendo violentada por um adulto
O aborto é permitido em três casos, segundo a lei brasileira (foto: Elza Fiuza/ Agência Brasil)
O inquérito criminal sobre o possível estupro de uma menina de 11 anos foi concluído pela polícia Santa Catarina. Ninguém foi indiciado, pois o principal suspeito de ter engravidado a criança foi um menino de 13 anos, próximo a ela. A conclusão foi enviada ao Ministério Público que deve avaliar se concorda com o desfecho da investigação.


Após o Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, ligado à Universidade Federal de Santa Catarina, se recusar a interromper a grávidez acima da 20ª semana de gestação e pedir que a família buscasse uma autorização judicial para realização do procedimento, o Ministério Público Federal pediu para que fosse realizado o aborto legal independente da idade gestacional. O que foi atendido na quarta-feira (22/6).  

 

Leia mais: O que diz a lei do aborto no Brasil? 



A relação entre as duas crianças se deu de forma consensual. "Ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com menor de 14 anos" pode acarretar em pena de oito a 15 anos para quem puder responder penalmente, segundo previsto no artigo 217 do Código Penal.

O caso ganhou notoriedade após um vídeo da juíza Joana Zimmer tentando convencer a menina a não realizar o aborto, mesmo que a legislação garanta esse direito para pessoas que foram estupradas, ser divulgado pelo "Intercept".

Legislação

O aborto é permitido em três casos, segundo a lei brasileira, risco de vida da gestante, estupro e anencefalia do feto. Sem qualquer limite do momento em que a interrupção deva ocorrer.

 

O que diz a lei sobre estupro no Brasil?

De acordo com o Código Penal Brasileiro, em seu artigo 213, na redação dada pela Lei  2.015, de 2009, estupro é ''constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.''

No artigo 215 consta a violação sexual mediante fraude. Isso significa ''ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima''  

O que é assédio sexual?

artigo 216-A do Código Penal Brasileiro diz o que é o assédio sexual: ''Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.''

Leia também: Cidade feminista: mulheres relatam violência imposta pelos espaços urbanos

O que é estupro contra vulnerável?

O crime de estupro contra vulnerável está previsto no artigo 217-A. O texto veda a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, sob pena de reclusão de 8 a 15 anos.

No parágrafo 1º do mesmo artigo, a condição de vulnerável é entendida para as pessoas que não tem o necessário discernimento para a prática do ato, devido a enfermidade ou deficiência mental, ou que por algum motivo não possam se defender.

Penas pelos crimes contra a liberdade sexual

A pena para quem comete o crime de estupro pode variar de seis a 10 anos de prisão. No entanto, se a agressão resultar em lesão corporal de natureza grave ou se a vítima tiver entre 14 e 17 anos, a pena vai de oito a 12 anos de reclusão. E, se o crime resultar em morte, a condenação salta para 12 a 30 anos de prisão.

A pena por violação sexual mediante fraude é de reclusão de dois a seis anos. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.

No caso do crime de assédio sexual, a pena prevista na legislação brasileira é de detenção de um a dois anos.

O que é a cultura do estupro?

O termo cultura do estupro tem sido usado desde os anos 1970 nos Estados Unidos, mas ganhou destaque no Brasil em 2016, após a repercussão de um estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro. Relativizar, silenciar ou culpar a vítima são comportamentos típicos da cultura do estupro. Entenda.

Como denunciar violência contra mulheres?

  • Ligue 180 para ajudar vítimas de abusos.
  • Em casos de emergêncialigue 190.
 


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