Segundo a Polícia Federal, ele deixa o cargo que ocupava na Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores para atuar na Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos.
Calandrini seguirá presidindo a investigação. Em nota, a corporação alegou que a mudança de cargo atende a um pedido do próprio delegado, que teria sido feito por ele no mês passado e estaria sendo atendido agora.
“O próprio servidor manifestou interesse (ainda no mês de maio) em ser movimentado para a nova unidade, para onde irá apenas no mês de julho, permanecendo na presidência da Op. Acesso Pago (IPL do MEC) e outros inquéritos da CINQ/CGRCR/DICOR/PF”, completa a nota.
O delegado Bruno Calandrini, que comandou a operação, afirmou que houve interferência na condução da investigação do MEC. Segundo o investigador, a corporação teria dado tratamento diferenciado ao aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro não foi levado de Santos, litoral paulista, para Brasília por conta de uma decisão superior.
Essas alegações e a gravação em que Milton Ribeiro diz ter sido avisado pelo chefe do Executivo a respeito de uma busca e apreensão da polícia serviram como base para o Ministério Público Federal (MPF) pedir autorização da Justiça para apurar se houve interferência as investigações sobre Ribeiro.
O caso foi enviado para análise do Supremo Tribunal Federal (STF). A relatora é a ministra Cármen Lúcia.