Jornal Estado de Minas

BRASIL

Pastor é condenado a 18 anos de prisão por discriminar judeus

O pastor Tupirani da Hora Lores foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão por praticar, induzir ou incitar a discriminação contra pessoas judias ou israelitas em vídeos e mensagens nas redes sociais. A sentença da Justiça Federal foi proferida nesta quinta-feira (30/6). 




 
 

Tupirani foi preso durante a Operação Rofésh, da Polícia Federal (PF), em fevereiro deste ano. Ele é líder da “Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo”.
 
Segundo informações do Ministério Público Federal (MPF), o pastor é conhecido por promover discursos de ódio contra a população judaica e já tinha sido alvo da Operação Shalon, em março de 2021.

As investigações revelaram, de acordo com a PF, que o pastor produziu e publicou diversos vídeos com ataques a judeus e membros de outras religiões.




 
A notícia-crime que embasou a operação de 2020 tinha imagens de um culto, na sede da congregação, nos quais Tupirani pedia que Deus massacrasse os judeus e clamava para que “eles fossem envergonhados, como na Segunda Guerra, e não tivessem forças para levantar suas servis”.
 
A Igreja Geração Jesus Cristo é conhecida no Rio de Janeiro por espalhar pela cidade cartazes com a inscrição “Bíblia sim, Constituição não”.
 
Em nota, a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ) disse que “a condenação acontece porque houve a coragem de denunciar atos criminosos e a FIERJ não poderia, de modo algum, ter se calado. Registramos que a decisão tem, também, um viés educativo, pois não podemos aceitar a banalização da violência nos discursos de ódio. Confiamos na Justiça, sempre!”.