O anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante nesta segunda-feira (11/7), após enfermeiras do hospital onde trabalhava flagrá-lo estuprando uma paciente que passava por uma cesariana. O caso foi registrado no Hospital da Mulher de São João de Meriti, no Rio de Janeiro. Em postagens no Instagram, o médico mostrava sua rotina na medicina com posts motivacionais, com seus avanços profissionais e mensagens positivas. Em uma delas, ele escreve: “Vocês ainda vão ouvir falar de mim”.
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De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), o médico sedava as mulheres em excesso, e, durante o procedimento, colocava seu pênis na boca da paciente. A Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro disse, em nota, que repudia veementemente a atitude do médico, e que vai colaborar com a investigação.
No vídeo resgatado pela PCRJ, a violência dura 10 minutos. A paciente está deitada na maca, já inconsciente pela anestesia. Com toda a equipe obstétrica presente, do lado esquerdo do lençol, a equipe opera a gestante. Do outro lado, Giovanni tira o pênis da calça e o coloca na boca da paciente. Quando termina, limpa a boca da gestante tentando apagar indícios do crime.
Em fotos do anestesistas nas redes sociais, pessoas revoltadas com o caso comentam que estão enojadas e pedem justiça. Uma delas escreveu: “deve ter abusado até dos bebês”.
Em outra postagem, o suspeito de estupro escreve que “conhecimento nunca é demais, sabedoria é afrodisíaco”, enquanto participava de um treinamento avançado de vida em anestesia, certificado pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA).
Com a finalidade de incentivar os seguidores que pretendem seguir na mesma área da anestesia, Giovanni incentiva e orienta : “Sempre de cabeça erguida e sorriso. Pq faço o que eu gosto. E hoje estou aqui, colhendo os frutos”.
Violência obstétrica
O estupro cometido pelo anestesista se enquadra como violência obstétrica, que é quando a mulher é desrespeitada, sem controle de sua autonomia, corpo ou ao processo reprodutivo, podendo se manifestar de forma verbal, física, ou neste caso, sexual, com procedimentos desnecessários ou até mesmo proibidos.