O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) suspendeu, provisoriamente nessa terça-feira (12/7), o registro do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, acusado de estuprar uma grávida durante uma cesariana em um hospital no Rio de Janeiro. O anestesista está preso preventivamente.
A decisão do Cremerj, tomada em plenária, impede que Giovanni exerça a medicina em todo o país. O Conselho também informou que está sendo instaurado um processo ético-profissional contra ele, que pode levar a cassação definitiva do registro. "A medida é um recurso para proteger a população e garantir a boa prática médica", destaca o Cremerj.
Em comunicado, o presidente do Cremerj, Clovis Munhoz, destacou que a instituição irá agir com a celeridade que o caso exige. “Firmamos um compromisso com a sociedade de celeridade no que fosse possível e essa suspensão provisória é uma resposta. A situação é estarrecedora. Em mais de 40 anos de profissão, não vi nada parecido. E o nosso comprometimento não acaba aqui. Temos outras etapas pela frente e também vamos agir com a celeridade que o caso exige”, afirmou.
O crime
Giovanni Quintella Bezerra foi gravado estuprando uma grávida que passava por uma cesariana na segunda-feira. O registro foi feito por enfermeiras na sala de cirurgia do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
As funcionárias desconfiaram da conduta do médico devido à alta quantidade de sedativos que ele estava aplicando nas grávidas.
Durante a cesária, a equipe que faz o parto fica de um lado do lençol e o médico anestesista fica do outro lado. Neste momento, enquanto a vítima está inconsciente, Giovanni abre o zíper da roupa e coloca o pênis na boca da grávida.
Com a revelação do vídeo, o anestesista foi preso em flagrante e a Justiça do Rio converteu a prisão em preventiva. Quintella foi encaminhado ao presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio.