O renomado fotógrafo Sebastião Salgado disse, nesta segunda-feira (18), que "culpa diretamente o governo" de Jair Bolsonaro pelos assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira na Amazônia, por "retirar" a proteção ambiental dos territórios indígenas.
"Pessoalmente, eu culpo diretamente o governo federal do assassinato do Bruno e do Dom, pela falta de filtros de proteção que eles retiraram dos territórios indígenas, permitindo, na hora em que retiraram os filtros, a penetração da marginalidade violenta na floresta", disse o fotógrafo de 78 anos, ao apresentar sua exibição "Amazônia" no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
"A violência aumentou tanto na Amazônia, principalmente com esse novo governo!", exclamou Salgado, em referência ao presidente Jair Bolsonaro.
Dom Phillips, de 57 anos, foi assassinado a tiros, em 5 de junho, junto com Bruno Pereira, de 41, quando os dois retornavam de uma expedição na terra indígena do Vale do Javari, um lugar remoto no Amazonas, considerado perigoso pela presença de traficantes de drogas e de outros grupos criminosos.
A principal hipótese da polícia é que o motivo do crime esteja relacionado com a pesca ilegal em terras protegidas, uma atividade que Pereira combatia.
"Jamais a floresta Amazônica esteve tão ameaçada e tão destruída, provocada, essa destruição, pelo [Poder] Executivo atual", disse Salgado, fazendo eco dos indígenas e ambientalistas que acusam o governo Bolsonaro de esvaziar os órgãos de controle ambiental e de defesa dos povos originários, como a Fundação Nacional do Índio (Funai).
Sebastião Salgado, conhecido mundialmente por suas impactantes fotografias em preto e branco, e por seu ativismo ambiental, disse que espera uma mudança de governo nas eleições de outubro, que ponha freio à destruição do bioma amazônico.
"O Brasil perdeu seu prestígio internacional [...] Temos que voltar a ser um país sério, porque não somos mais um país sério", disse o fotógrafo radicado na França.
A mostra, que estreou no ano passado em Paris e já passou por Roma, Londres e São Paulo, permite uma imersão na maior floresta tropical do planeta através de fotos aéreas de seus rios e montanhas, e retratos de diversas comunidades indígenas.
Os números oficiais mostram que, desde que Bolsonaro assumiu o poder em janeiro de 2019, o desmatamento anual médio na Amazônia brasileira aumentou 75% em comparação com a década anterior.
Além de um "novo governo", Salgado considera "imprescindível a participação do planeta inteiro" para proteger o bioma.
"A destruição da floresta amazônica não foi feita só pelos brasileiros [...] Foi feita pelo planeta inteiro, pela sociedade de consumo do planeta inteiro", acrescentou.
"Pessoalmente, eu culpo diretamente o governo federal do assassinato do Bruno e do Dom, pela falta de filtros de proteção que eles retiraram dos territórios indígenas, permitindo, na hora em que retiraram os filtros, a penetração da marginalidade violenta na floresta", disse o fotógrafo de 78 anos, ao apresentar sua exibição "Amazônia" no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
"A violência aumentou tanto na Amazônia, principalmente com esse novo governo!", exclamou Salgado, em referência ao presidente Jair Bolsonaro.
Dom Phillips, de 57 anos, foi assassinado a tiros, em 5 de junho, junto com Bruno Pereira, de 41, quando os dois retornavam de uma expedição na terra indígena do Vale do Javari, um lugar remoto no Amazonas, considerado perigoso pela presença de traficantes de drogas e de outros grupos criminosos.
A principal hipótese da polícia é que o motivo do crime esteja relacionado com a pesca ilegal em terras protegidas, uma atividade que Pereira combatia.
"Jamais a floresta Amazônica esteve tão ameaçada e tão destruída, provocada, essa destruição, pelo [Poder] Executivo atual", disse Salgado, fazendo eco dos indígenas e ambientalistas que acusam o governo Bolsonaro de esvaziar os órgãos de controle ambiental e de defesa dos povos originários, como a Fundação Nacional do Índio (Funai).
Sebastião Salgado, conhecido mundialmente por suas impactantes fotografias em preto e branco, e por seu ativismo ambiental, disse que espera uma mudança de governo nas eleições de outubro, que ponha freio à destruição do bioma amazônico.
"O Brasil perdeu seu prestígio internacional [...] Temos que voltar a ser um país sério, porque não somos mais um país sério", disse o fotógrafo radicado na França.
A mostra, que estreou no ano passado em Paris e já passou por Roma, Londres e São Paulo, permite uma imersão na maior floresta tropical do planeta através de fotos aéreas de seus rios e montanhas, e retratos de diversas comunidades indígenas.
Os números oficiais mostram que, desde que Bolsonaro assumiu o poder em janeiro de 2019, o desmatamento anual médio na Amazônia brasileira aumentou 75% em comparação com a década anterior.
Além de um "novo governo", Salgado considera "imprescindível a participação do planeta inteiro" para proteger o bioma.
"A destruição da floresta amazônica não foi feita só pelos brasileiros [...] Foi feita pelo planeta inteiro, pela sociedade de consumo do planeta inteiro", acrescentou.