Pelo menos 18 pessoas morreram na operação conduzida em conjunto pelas polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro, no Complexo do Alemão, nessa quinta-feira (21). Uma delas foi o policial militar Cabo Bruno de Paulo Costa, de 38 anos. Ele deixou a esposa e dois filhos autistas.
Em entrevista ao UOL, a esposa do policial, Lidia Costa, contou que ele adorava a profissão. “Ele nasceu para isso. Era paraquedista, por sete anos. Foi cabo do Exército, também. Sempre teve paixão pelo militarismo. Excelente policial militar, excelente cabo do Exército. Todo mundo está chocado, a ficha não caiu".
Lidia esteve nesta sexta-feira (22/7) no Instituto Médico-Legal (IML) para liberação do corpo do marido. Ela pediu orações pela família, sobretudo para cuidar das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
"Meu filho mais velho é autista severo, meu filho de 8 anos é autista leve. Uma tragédia. Eu peço que as pessoas continuem orando pela família. Peço saúde a Deus e força para poder criar meus dois filhos que vão precisar de mim”.
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A operação
Uma ação conjunta da Polícia Militar (PMERJ) e da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou na morte de ao menos 18 pessoas. As informações foram repassadas por representantes das corporações.
Leia: Operação com 19 mortes no Alemão é a quarta mais letal da história do Rio
Os trabalhos tinham como alvo uma quadrilha de roubo de veículos. De acordo com os militares, 43 motocicletas foram apreendidas.
"Também foi apreendido um fuzil metralhadora .50, utilizado para tentar derrubar as aeronaves durante as ações de hoje, além de mais quatro fuzis cal. 7.62, duas pistolas e 56 artefatos explosivos que seriam empregados contra as equipes", informou a PM.
Ainda segundo os policiais, alguns dos homens que entraram em confronto usavam fardas similares às dos agentes do Rio de Janeiro.