Jornal Estado de Minas

JUSTIÇA

Feminicídio e ocultação de cadáver levam pai e filho ao banco dos réus

Em 2 de agostom próximo, os réus Cláudio da Silva Rosa e Wilker da Silva Rosa, pai e filho, serão julgados pelo Tribunal do Júri de Brazlândia, região administrativa do Distrito Federal. Cláudio responderá pelo homicídio qualificado de Francielle da Silva Moreira, com quem manteve um relacionamento amoroso. Ele e o filho também foram denunciados pelo crime de ocultação de cadáver.





Cláudio foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pelo feminicídio da vítima com duas qualificadoras (elementos previstos em um crime específico, que o enquadra em um tipo penal mais grave): motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Francielle foi morta em dezembro de 2016 e ficou desaparecida por dois anos. Os restos mortais só foram encontrados em 2018. "A brutalidade do crime chocou a cidade", diz o MPDFT. 

Conheça o caso

O crime ocorreu em 4 de dezembro de 2016, entre 17h e 19h, em uma chácara próxima da Rota Sertaneja, no Setor Bucanhão, às margens da BR-080, em Brazlândia. Cláudio teve relacionamento amoroso com a vítima e não aceitava o término. Ele atraiu Francielle até sua chácara, prometendo-lhe ajuda para o pagamento de uma dívida. Lá a amarrou e estrangulou. Pai e filho colocaram o corpo da vítima no interior de um veículo e o enterraram às margens da Rodovia DF-001.

Inicialmente, o caso foi tratado como desaparecimento de pessoa. Posteriormente, as investigações indicaram que se tratava de um crime contra a vida. Os policiais encontraram o corpo da jovem apenas em 2018.