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Estado de Minas AMEAÇA

Pistoleiro faz ameaça de massacre contra o povo Pataxó no sul da Bahia

Em áudio, o homem reclama da atuação da polícia na região e ameaça promover um massacre contra indígenas de Cumuruxatiba, município de Prado


05/09/2022 16:16 - atualizado 05/09/2022 16:48

Indígenas conversam com policiais
Clima de tensão na região de Prado no sul da Bahia entre indígenas da etnia Pataxó e milícia da região (foto: Apib/Reprodução )
Um pistoleiro ameaça promover um massacre contra o povo Pataxó no Território Comexatibá, na região de Cumuruxatiba, município de Prado, no sul da Bahia. O homem faria parte de uma milícia que seria formada ainda por fazendeiros e policiais corruptos da região. 

 

 


Em um áudio, ele reclama da atuação da polícia na região e diz que eles vão resolver o problema. 

“Vamos descer com nosso arrastão e colocar só de fuzil no peito desses índios. Separar só as crianças, os homens vão cair tudo na bala. Já que a polícia não quer resolver, vamos resolver do nosso jeito”, diz um trecho do áudio. 
 
 

Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a ameaça foi feita antes do ataque da milícia a uma área de retomada no Território Indígena Comexatibá, próxima à Barra do Cahy. A ação deixou dois jovens indígenas mortos, um de 14 anos, assassinado com um tiro na cabeça, e outro de 16 anos, que foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu.
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Ainda de acordo com a Apib, os pistoleiros teriam chegado ao local em um carro, com armas de grosso calibre, um fuzil e bombas de gás lacrimogêneo. Em protesto, familiares e parentes da comunidade Pataxó bloquearam a estrada em direção à cidade de Corumbau, a 750 km de Salvador.

Retomada de terras e milícia de fazendeiros


Sem a demarcação de terras no território Pataxó, por parte do governo federal, os indígenas teriam feito uma retomada pacífica de uma área que era explorada pela monocultura de eucalipto, em junho deste ano. Segundo a Apib, desde então os indígenas foram alvo de vários ataques. A entidade afirma ainda que haveria policiais e fazendeiros envolvidos com a milícia. A sede de articulação do grupo seria em Teixeira de Freitas, também no sul da Bahia. 


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