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Estado de Minas INTOXICAÇÃO ALIMENTAR

Nove estados e DF têm mortes de cães com suspeita de intoxicação

Tutores de nove estados e do Distrito Federal relataram à Polícia Civil de Minas Gerais mortes de cachorros por suspeita de intoxicação alimentar


05/09/2022 19:00 - atualizado 05/09/2022 19:31
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Cachorros sofrem intoxicação após comer petiscos da Bassar Pet Food
Casos de intoxicação são relatados em várias regiões do país (foto: Reprodução/Redes sociais)
Tutores de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Alagoas, Sergipe e do Distrito Federal relataram à Polícia Civil de Minas Gerais as mortes de cachorros por suspeita de intoxicação alimentar, após o consumo de petiscos da Bassar Pet Food.

Minas é o estado onde apareceram os primeiros casos.

As investigações ficarão a cargo das autoridades de cada estado e do Distrito Federal.

Em nota publicada em seu site, a Bassar diz que colabora com as investigações e que contratou uma empresa de perícia, a fim de inspecionar os processos de produção, as máquinas de sua fábrica e as matérias-primas utilizadas nos produtos.

Em Minas Gerais, o número de mortes por suspeita de intoxicação depois do consumo de petiscos da Bassar subiu para oito. Até a última sexta-feira (2/9), eram sete. Outros seis animais foram internados, segundo informações da Polícia Civil.

Entre os cachorros mortos, sete são da capital, e um é do interior, de Piumhi, Centro-Oeste do estado. O petistco consumido, no entanto, foi comprado em Belo Horizonte.

Substância tóxica


Na última sexta, o setor de perícia da Polícia Civil em Minas anunciou ter identificado a presença de monoetilenoglicol em um dos três produtos da Bassar que podem estar relacionados com as intoxicações.

Dois dos produtos são o Every Day e o Dental Care. O terceiro não teve o nome divulgado. 

A corporação não disse em qual produto houve confirmação da presença de monoetilenoglicol.

A Bassar afirma em nota que não teve acesso ao laudo e que colabora com as investigações. "A empresa enviou amostras de seus produtos e matérias-primas para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade dos produtos sob investigação", diz o texto.

O monoetilenoglicol é da mesma família do dietilenoglicol, substância apontada como a causa da morte de dez consumidores da cerveja Backer em Minas Gerais em 2019 e 2020. Ambas provocam danos severos aos rins.

Na semana passada, um laudo emitido pela Escola de Veterinária da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) já havia sugerido a presença de etilenoglicol no organismo de um dos cachorros mortos.

Segundo o departamento de perícia da Polícia Civil, etilenoglicol e monoetilenoglicol são o mesmo produto.

"As pessoas têm que procurar a delegacia local com o produto em mãos para ser periciado e, em caso de morte, encaminhar o corpo do animal para ser necropsiado pelas autoridades", afirma a delegada responsável pelas investigações, Danubia Quadros.

Delegacia de Defesa do Consumidor

Também na sexta, o Ministério da Agropecuária e Abastecimento (Mapa) determinou o recolhimento de todos os produtos da empresa. A fábrica da Bassar em Guarulhos, na Grande São Paulo, foi interditada no mesmo dia.
Sobre a retirada dos produtos do mercado, a Bassar afirma que o procedimento está em andamento e que não há previsão de data para conclusão.


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