O taxista Márcio Antônio Nascimento Silva, de 58 anos, morreu por complicações cardíacas, nessa segunda-feira (3/10). Ele ficou conhecido durante a pandemia quando, durante uma homenagem para as vítimas da COVID-19, em junho de 2020, ao recolocar cruzes que foram retiradas das areias da Praia de Copacabana.
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Remédios para fase inicial da COVID-19 chegam ao Ministério da Saúde STF decide que profissionais de saúde vítimas da COVID devem ser reparadosCovid: Primeiro ano da pandemia teve maior número de mortes por álcool no Brasil desde 2010Especialistas alertam para nova onda de Covid-19 nas próximas semanasUm morador do bairro indignado com a homenagem vandalizou o local. Márcio, que caminhava pela orla, começou a recolocá-las no lugar. Ele perdeu um filho de 25 anos para a doença.
Em 2021, o taxista prestou depoimento à CPI da COVID durante a sessão que ouviu familiares das vítimas. “Acho que nós merecíamos um pedido de desculpas da maior autoridade do país, porque não é questão política, se de partido ou de outro. Estamos falando de vidas”, disse na época.
Além de taxista, ele era herdeiro do Quilombo da Sacopã, uma comunidade de remanescentes que fica no Bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi sepultado no Cemitério São João Batista, também no Rio.