SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) Um morador de 37 anos de Praia Grande é a segunda pessoa morta por varíola dos macacos no estado de São Paulo —a primeira na Baixada Santista. Ele tinha comorbidades, de acordo com a secretaria da saúde do município. A morte ocorreu na madrugada deste sábado (15/10), em um hospital particular de Santos.
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Com o caso, o Brasil totaliza sete mortes por varíola dos macacos. Foram registrados dois óbitos em Minas Gerais e três no Rio de Janeiro, além dos dois em São Paulo. Os pacientes também tinham comorbidades, o que aumenta os riscos para complicações pela doença.
O rapaz havia sido diagnosticado com a doença no início de agosto. No mês seguinte, foi internado em um hospital particular em Praia Grande (que fica a 70km da capital) devido a infecções secundárias, e depois a foi levado para uma unidade outro hospital particular em Santos, onde morreu.
A Secretaria de Saúde de Praia Grande informou que o homem foi acompanhado pela Divisão de Vigilância Epidemiológica em todo o período de internação.
A reportagem procurou a Prefeitura de Santos para mais detalhes, mas o órgão disse que as informações devem ser obtidas junto à cidade de Praia Grande.
Primeira morte
Na quarta-feira (12/10), o estado de São Paulo havia registrado o primeiro óbito por varíola dos macacos. O paciente tinha 26 anos e era morador da capital. Ele estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde 1º de agosto, possuía comorbidades e passava por tratamento com antivirais para uso emergencial em pacientes graves.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, até o dia 13 de outubro, o estado tinha 3.901 confirmações de varíola dos macacos e 1.018 suspeitos, que permanecem em investigação. A Baixada Santista estava com 62 —19 na Praia Grande, 18 em Santos, 13 em São Vicente, 7 no Guarujá, 4 em Itanhaém e 1 em Cubatão.
Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, atualizado até 14 de outubro, o país tinha 8.652 casos confirmados de varíola dos macacos e 4.894 em investigação.
O principal sintoma da doença é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca, nas mãos, pés, peito, genitais ou ânus. Os demais são caroço no pescoço, axila e virilha, febre, dor de cabeça e no corpo, calafrios e fraqueza. O período de incubação é tipicamente de três a 16 dias, mas pode chegar a 21.
A vacina é essencial para prevenir a doença. O Brasil recebeu no último dia 4 o primeiro lote de vacinas contra a varíola dos macacos. São 9.800 doses, que serão utilizadas em um estudo.
Ao todo, o Ministério da Saúde encomendou 50 mil doses por meio da Opas (Organização Pan-Americana para a Saúde), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) nas Américas.
As demais medidas de prevenção:
- evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele ou a confirmação da doença;
- higienizar as mãos com água e sabão e usar álcool em gel;
- não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;
- usar máscara
Pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem ser isoladas.