"Nós estamos nas tratativas finais com relação à chegada das vacinas e a expectativa é de que elas já estejam no país em meados da próxima semana, na quarta-feira [26]. Esse foi último dado que recebemos da própria empresa", afirmou o secretário-executivo do ministério, Bruno Dalcolmo, sem detalhar o número de doses.
Vacinação contra a poliomielite
A declaração foi dada durante cerimônia no ministério em celebração ao Dia Nacional da Vacinação. Antes do evento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deu a vacina de gotinha a uma criança que ainda não tinha se vacinado contra a poliomielite. Um ponto de vacinação foi montado na porta do ministério durante a manhã desta segunda.
A meta é vacinar 95% do público-alvo contra a poliomielite, cerca de 11,5 milhões de crianças. Até esta segunda, mesmo com a prorrogação da campanha, 65,5% das crianças tinham sido vacinadas, o que corresponde a quase 7,6 milhões. Apenas a Paraíba atingiu a meta, com 95,09% das crianças imunizadas.
Neste ano, a campanha foi encerrada no dia 30 de setembro com 54% do público-alvo vacinado. Mesmo assim, as vacinas do calendário nacional seguem disponíveis nos postos de saúde. Segundo o ministério, a meta de cobertura vacinal contra a poliomielite em crianças menores de 1 ano não é atingida desde 2017.
O PNI (Programa Nacional de Imunizações) recomenda a vacinação contra a pólio de crianças a partir de dois meses até menores de cinco anos de idade. Elas devem tomar três doses da vacina injetável -a chamada VIP (vacina inativada contra poliomielite)- aos dois, quatro e seis meses, e a vacina de gotinha -a VOP (vacina oral contra poliomielite)- aos 15 meses e aos quatro anos.
Em tom de campanha, o ministro também saiu em defesa do governo Bolsonaro sobre a condução da pandemia de coronavírus e criticou gestões anteriores. Assim como tem feito em outros eventos da pasta, Queiroga afirmou que o governo é a favor da vida e contra o aborto.
A poliomielite foi erradicada do país em 1994, mas a baixa cobertura vacinal e o crescimento de movimentos antivacina preocupam autoridades e especialistas. A doença, também chamada de paralisia infantil, provoca o comprometimento do sistema nervoso, levando à paralisia de membros e alterações nos movimentos. Em alguns casos, pode ser fatal.