Duas crianças de 11 anos moradoras da cidade de Colombo, no Paraná, foram vencedoras do concurso de desenho da National Aeronautics and Space Administration (Nasa), a Agência Espacial dos Estados Unidos. Gabriel Guenzani e Isadora Muller, alunos da Dumont Escola de Robótica, foram selecionados com outras 23 crianças do mundo inteiro.
A Nasa recebeu, ao todo, 1.250 desenhos no NASA Space Place Art Challenge, que tem como objetivo desafiar “jovens exploradores” a pensar e desenhar sobre assuntos relacionados ao espaço, introduzindo as crianças na ciência. A escola no Paraná atende hoje 200 alunos de 8 a 12 anos, deles, 25 participaram do concurso.
A Nasa recebeu, ao todo, 1.250 desenhos no NASA Space Place Art Challenge, que tem como objetivo desafiar “jovens exploradores” a pensar e desenhar sobre assuntos relacionados ao espaço, introduzindo as crianças na ciência. A escola no Paraná atende hoje 200 alunos de 8 a 12 anos, deles, 25 participaram do concurso.
Os vencedores foram escolhidos pela equipe de engenheiros do laboratório de propulsão a jato da NASA, e foi de lá que surgiu a ideia da Dumont inscrever seus alunos. Segundo o professor e idealizador do projeto, Ismael Dias, em uma campanha de inclusão de meninas na área da ciência e tecnologia a escola fez uma vídeo chamada com a engenheira da Nasa, Rosaly Lopes, que apresentou o concurso.
O tema da edição foi “explorador robótico espacial”, inspirado pelas sondas Voyager 1 e 2 lançadas em 1977 para estudar os planetas mais afastados da Terra. A pergunta “se você fosse enviar uma espaçonave para explorar o sistema solar e além, como ela seria?”, introduz os desenhos vencedores no site da agência americana.
Conquista e inclusão
Vencer o concurso foi muito importante para os alunos, que se empolgaram ao participar. A jovem Isadora, por exemplo, já tinha feito seu desenho quando as aulas começaram em janeiro, e quando o tema saiu em definitivo ela adaptou o esboço para o concurso.
“Ela ter ganhado foi uma grande conquista, pois é uma batalha convencer os pais e a comunidade para trazer as meninas para robótica. É como se meninas fizessem balé e meninos robótica”, ressalta Ismael.
“Ela ter ganhado foi uma grande conquista, pois é uma batalha convencer os pais e a comunidade para trazer as meninas para robótica. É como se meninas fizessem balé e meninos robótica”, ressalta Ismael.
Para Gabriel, o resultado também é muito significativo, já que ele é uma criança com altas habilidades, que é a capacidade acima da média do aluno em uma ou mais áreas específicas combinada com um quociente de inteligência (QI) entre 40 e 70. A condição requer uma educação adequada, para que a criança se desenvolva integralmente.
“A conquista dele é muito importante nesse aspecto. Interessante, também, é que a avó dele é artista plástica, então ela se sentiu muito representada com a vitória”, afirmou o professor.
Projeto Social
Fundada em 2017, a Dumont Escola de Robótica, também tem um caráter social no seu trabalho. Hoje a instituição conta com 20 estudantes de condições mais carentes que possuem bolsas integrais para estudar, além de outros com bolsas parciais.
Esse trabalho é um reflexo da formação do próprio Ismael, que cresceu na periferia de Colombo. Com 13 anos, o agora formado em engenharia eletrônica na federal do paraná, conta que por meio de um projeto de Judô da prefeitura conseguiu uma bolsa em colégio particular.
“A Dumont é meu jeito de devolver para a sociedade o que ela me deu, que foi ter uma boa graduação em uma boa universidade”, concluiu.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira