O ministro da Saúde Marcelo Queiroga fez um pronunciamento em rede nacional neste domingo (6/11) para pedir que pais, avós e responsáveis pelas crianças as levem para serem vacinadas contra a poliomielite.
De acordo com Queiroga, apesar da campanha nacional entre 7 de agosto e 30 de setembro, a taxa continua inferior a 70%. A meta é imunizar 95% das crianças abaixo de cinco anos. As vacinas estão disponíveis nos postos de saúde.
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"Nesta semana o ministério da Saúde lançou o Plano Nacional de Resposta à Poliomielite, que tem como base o fortalecimento da vigilância epidemiológica e laboratorial e será implementado em conjunto com estados e municípios com o objetivo de manter a erradicação do vírus", declarou.
Segundo o ministro, há 32 anos a região das Américas é considerada livre da poliomielite, porém a população precisa manter os devidos cuidados para evitar o risco de a doença retornar. "As coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil".
A queda da cobertura vacinal e a diminuição da sensação de perigo da doença, aliadas a uma série de dificuldades estruturais do PNI (Programa Nacional de Imunização), puseram em xeque o certificado de erradicação da pólio no Brasil. Nos dois últimos anos, a pandemia da Covid agravou ainda mais esse cenário.
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Em setembro, a Organização Pan-americana para a Saúde (Opas), braço nas Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou o Brasil como país de muito alto risco para a volta da pólio.
O esquema vacinal das crianças com menos de cinco anos consiste em um esquema primário, com vacina de vírus inativado (chamada de VIP) de três doses, aos dois, quatro e seis meses. Já o reforço é feito aos 15 meses e aos quatro anos de idade, com a vacina oral de vírus atenuado, a famosa "gotinha".
Com informações da Folhapress