Nas redes sociais do Estado de Minas, os seguidores se dividiram. Em uma enquete do nosso perfil do Twitter, 52% são contra a volta do horário de verão e 48%, favoráveis.
“Acho que qualquer pessoa que trabalha é contra esse horário de verão”, comentou o perfil Blog da Jamille. Já Letícia Araújo é favorável a atrasar uma hora no relógio: “Eu amo o horário de verão, quem trabalha o dia todo quer ver o sol se pôr. Ter mais tempo para curtir o dia.”
“Tomara que não volte nunca mais”, desejou Nilma Reis. Boa parte dos comentários contrários à adoção do horário de verão diz sobre o risco de sair de casa cedo, com o dia ainda escuro. “Para as mulheres que saem antes das 6h para trabalhar, sabem do risco quando há horário de verão. A única coisa certa que o embuste fez”, comentou o perfil Fer petite com rinite na publicação do Twitter, se referindo à suspensão do horário de verão feita em 2019, já no governo Bolsonaro.
“Aproveitar e contemplar o sol por mais uma hora”, comentou Aline de Paula, no Instagram. Os dias mais longos são o principal argumento de quem quer a volta do horário de verão. Mais do que curtir após o trabalho, o horário de verão é uma alternativa para a economia de energia.
“O maior aproveitamento da luz natural faz com que as lâmpadas de casas, indústrias, espaços comerciais, ruas e espaços públicos sejam ligadas mais tarde, quando o pico de consumo já diminuiu. Dessa forma, evita-se uma sobrecarga do sistema de distribuição de energia”, opinou Babi Aguiar.
Horário de verão no Brasil
O horário de verão foi adotado no país em 1931 e utilizado ininterruptamente entre 1985 e 2018. A medida consiste em adiantar o relógio em uma hora e tinha como objetivo economizar o consumo de energia em vários estados do Brasil, aproveitando a duração maior da luz do dia.
O horário de verão no Brasil foi encerrado em 25 de abril de 2019 por meio de decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do Executivo argumentou ter consultado o Ministério de Minas e Energia e pessoas da saúde para tomar a decisão.
Em 2022, o mesmo ministério pediu novos estudos sobre a realização da medida para avaliar se, com a popularização do uso de placas de energia solar, reduziria o uso de luz de outras fontes. Em setembro, porém, Bolsonaro descartou dar continuidade à discussão sob a justificativa de não ter tempo hábil para concluir as avaliações.
Na última edição, o horário de verão começou em 4 de novembro de 2018 e terminou em 16 de fevereiro de 2019. Dez estados brasileiros - São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul - e o Distrito Federal adiantaram o relógio em uma hora.