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Estado de Minas HOMICÍDIO

Garoto de programa pago por noivos para ir em motel depõe na polícia

Confusão em suíte acabou na morte de Jordan Guimarães Lombardi, baleado em um dos olhos


15/11/2022 07:48 - atualizado 15/11/2022 08:37

 Marcela Ellen e Jordan Guimarães Lombardi
(foto: Reprodução/Redes Sociais. )


Por Darcianne Diogo - Correio Braziliense

O garoto de programa contratado por Marcela Ellen, 31 anos, e pelo então noivo, Jordan Guimarães Lombardi, 39, compareceu à 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), na tarde desta segunda-feira (14/11), para prestar depoimento acerca do assassinato do empresário.

O executivo foi morto depois de levar um tiro em um dos olhos, disparado pela companheira na suíte do Motel Park Way, na Candangolândia. A mulher está presa preventivamente em um presídio de Barro Alto, Goiás.
O rapaz, contratado pelo casal, relatou à polícia que ficou por cerca de 40 minutos no quarto e presenciou o início da discussão entre os noivos. Segundo ele, Jordan pagou R$ 5 mil pelo serviço. O comprovante de pagamento foi apresentado por ele aos investigadores.

Em depoimento, o homem disse que Jordan estava na banheira no momento em que ele e Marcela começaram a trocar carícias. Nervoso ao ver a cena, o empresário saiu da hidromassagem e teria corrido para agredi-lo, e chegou a enforcá-lo.

Segundo o acompanhante, os três rolaram no chão durante a briga, então Marcela correu e pegou a arma na bolsa. Foi neste momento que ele deixou o motel assustado e foi embora, conforme relatou.

Morte

Marcela e Jordan
Marcela e Jordan (foto: Arquivo pessoal)

Jordan e Marcela saíram do bairro de Moema, em São Paulo, em uma viagem de carro a Brasília, no domingo passado. Durante todo o trajeto, usaram cocaína e, ao chegarem, deram entrada no Motel Park Way, na Candangolândia. Uma das motivações do assassinato de Jordan deve-se ao motivo de que a Marcela teria descoberto que a filha do noivo sofria abuso sexual por parte do padrasto e, por isso, cobrava uma posição do companheiro.

 A mulher teria ligado para o Disque 100, para fazer a denúncia, quando levou tapas no rosto, segundo contou em depoimento. Ela foi até a bolsa, pegou uma arma, que pertencia ao empresário, e apontou para ele.

"Minha filha jamais mataria alguém. Ela é uma pessoa carinhosa, que era apaixonada pelo noivo. Choramos amargamente por tudo. Não queremos justificar, porque isso (assassinato) não tem justificativa. O que causou tudo isso foram as drogas. Ela foi de um conto de fadas para um terror. Mas sabemos que, para ela ter feito isso, é porque queria se defender", disse o pai, em entrevista concedida ao Correio neste domingo (13/11).

O tiro acertou um olho de Jordan. Em fuga, Marcela pegou o carro do noivo e dirigiu até uma via próximo ao distrito de Girassol (GO). Lá, o veículo apagou e ela usou uma arma para abordar o motorista de uma Kombi e tentou levar o automóvel. O condutor conseguiu pedir ajuda da vizinhança e a mulher foi presa em flagrante.

Ela passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva determinada pela Justiça. Agora, a bacharel em direito está detida em uma cela especial do presídio de Barro Alto (GO).


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