A Polícia Rodoviária Federal do Paraná liberou na noite desta quarta-feira (7) o tráfego na BR-376, no litoral do estado, após nove dias de interdição total dos dois sentidos das pistas. Com a abertura dos bloqueios, os congestionamentos chegam a 15 quilômetros.
A rodovia é a principal ligação entre o Paraná e Santa Catarina e foi fechada depois de um grande deslizamento de terra que causou a morte de duas pessoas e deixou nove veículos soterrados.
A interdição das pistas e outros desmoronamentos em rodovias federais e estaduais do Paraná e Santa Catariana, causados pelas fortes chuvas que caem no sul do país, deixaram a BR-116 como único acesso para veículos de carga entre os dois estados.
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Os congestionamentos já estavam previstos e causam lentidão no trajeto entre Curitiba e Santa Catarina. "A operação em pista simples ocorre para garantir a segurança de quem trafega no local", informa a concessionária Arteris, responsável pelo trecho.
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Segundo a empresa, houve avaliação técnica sobre as condições de segurança da rodovia e que foram realizados trabalhos de limpeza, drenagem, recuperação de pavimento e sinalização, finalizados com a melhora no tempo. Onze semáforos foram instalados na descida da serra, avisando sobre interrupções no tráfego.
"As readequações foram importantes para que a empresa possa realizar a recomposição do talude e tomar as outras medidas necessárias para a normalização do tráfego no local. A concessionária pretende realizar a liberação gradual das demais faixas do trecho conforme o avanço das obras de contenção. As encostas do segmento também continuarão sendo monitoradas pela equipe técnica da concessionária", diz, em nota.
O deslizamento A lama que caiu da encosta no quilômetro 669 da BR-376 arrastou nove veículos para um despenhadeiro e mobilizou centenas de bombeiros, equipes de buscas, cães farejadores e drones com sensor de calor durante cinco dias.
Além dos dois mortos, seis pessoas foram resgatadas da terra e outras seis conseguiram sair dos veículos. Inicialmente, o governo chegou a divulgar 30 desaparecidos sob a terra.
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O acidente resultou na abertura de dois procedimentos. No sábado (3), a Polícia Civil do Paraná começou a investigar o caso e diz que está ouvindo sobreviventes e testemunhas do desmoronamento.
"O inquérito policial foi instaurado devido à complexidade do sinistro e foi determinado que a Dedetran (Delegacia de Delitos de Trânsito) iniciasse as investigações para apurar o fato", informou a polícia. O Ministério Público Federal também abriu procedimento para apurar eventual responsabilidade pelo deslizamento de terra.
"O MPF está acompanhando e aguardando o envio de informações solicitadas, com urgência, à concessionária e à PRF, sem prejuízo de eventual instauração de procedimentos em outros temas, como consumidor/ambiental", informou o órgão.
A Polícia Rodoviária Federal no estado diz que nas ações relacionadas a ocorrências envolvendo a estrutura da rodovia, como pontes, obras e encostas, o monitoramento, fechamento, desobstrução e liberação da via ocorre após análise, que é de competência técnica dos órgãos responsáveis pela infraestrutura viária. "O Dnit nas rodovias federais sem concessão e as concessionárias nas rodovias pedagiadas."
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A concessionária Arteris afirma que as equipes seguem trabalhando no local e que houve um importante avanço na recomposição do pavimento.