O Tribunal de Justiça paulista aceitou, na última sexta (16), uma nova denúncia do Ministério Público contra Thiago Brennand, 42. Desta vez, ele é acusado de estupro, registro não autorizado da intimidade sexual e constrangimento ilegal.
A nova denúncia, a sexta contra Brennand, refere-se ao caso da estudante de medicina Stefanie Cohen, 30, que afirma ter sido estuprada por ele em outubro de 2021. O relato dela foi divulgado primeiramente pelo Fantástico e depois foi confirmado pela estudante à Folha de S.Paulo. O caso corre em segredo de justiça.
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Em vídeos postados nas redes sociais, Brennand nega as acusações.
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Cohen disse acreditar na Justiça brasileira e que "a melhor coisa é denunciar".
"Aguardo a extradição para que ele cumpra os crimes dele onde ele é cidadão, já que ele optou pela fuga", afirmou ela nesta segunda (19).
Brennand ficou conhecido após agredir, em agosto deste ano, a modelo Alliny Helena Gomes, 37, durante uma discussão em uma academia na zona oeste de São Paulo. Após a repercussão, ele viajou para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde foi preso em 13 de outubro e solto após pagar fiança. Ele responde a processo de extradição em liberdade.
ENTENDA
À Folha de S.Paulo Cohen disse que conheceu Brennand em outubro de 2021, quando ele a levou para jantar e, no fim, pediu duas caipirinhas de caju. A estudante relatou que, após beber, começou a passar mal e ficou desorientada. Ela disse acreditar ter sido dopada e estuprada e afirmou, entre outras coisas, que ele a forçou a fazer sexo anal e não usou preservativo.
De acordo com ela, acordou no dia seguinte com dores e sem saber onde estava. Quando disse que iria tomar um banho, Brennand a ofendeu, afirmou que seu corpo era flácido e sugeriu que ela deveria fazer uma intervenção cirúrgica.
O empresário teria dito a Cohen que eles iriam para sua casa no condomínio Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz. Por isso, mandou o segurança levá-la de volta para casa para fazer uma mala.
Ela disse que, quando chegou ao local, disse ao segurança que tinha um compromisso e que voltaria para a casa de Brennand só mais tarde. Depois disso, entrou em casa e contou à mãe o que tinha acontecido.
Cohen afirmou que estava disposta a denunciá-lo, mas mudou de ideia depois que Brennand mandou um vídeo dos dois na noite anterior --ela disse que não autorizou que ele gravasse as imagens. "Na hora, aquilo me calou. Foi um misto de ódio com vergonha."
Para a estudante, o vídeo foi uma forma de intimidá-la e, depois disso, eles não se falaram mais. Na segunda-feira seguinte --o jantar entre eles foi em uma quinta--, ela procurou a ginecologista Roberta Grabert. Em um laudo escrito em 2022, a médica declarou que Cohen relatou ter sofrido abuso, mas que não quis procurar a polícia, pois estava sendo ameaçada por Brennand.