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Estado de Minas COVID-19

Vacina será anual para grupo de risco, diz nova secretária


05/01/2023 04:00 - atualizado 05/01/2023 06:06


Brasília – A nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirma que a vacina contra a COVID-19 será incorporada ao calendário anual do governo para pessoas do grupo prioritário – como idosos, imunossuprimidos e profissionais de saúde. No governo de Jair Bolsonaro (PL), a vacina não fazia parte do calendário anual de vacinação e foi incorporada apenas ao PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19). A população deve ser convocada para receber as doses junto com a imunização contra a gripe. A intenção é que isso ocorra a partir de abril, dando prazo para organizar a estratégia do governo nos primeiros 100 dias. Ainda ontem, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica ontem recomendando a aplicação de dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em crianças com idade entre 5 e 11 anos.  No documento, o órgão definiu que o intervalo entre a segunda dose e a dose de reforço deve ser de, pelo menos, 4 meses.

"Agora, efetivamente, a COVID-19  entra no nosso Departamento de Imunização. O ministério acabou de receber uma compra grande de doses que, a princípio, daria para cobrir esses grupos prioritários", diz à reportagem.

"A ideia é que a campanha siga os mesmos grupos prioritários da gripe, que são os mais vulneráveis, como os profissionais de saúde, imunossuprimidos, idosos. A princípio, será uma dose de reforço com a vacina bivalente", afirma.

Ethel diz que a pasta terá entre as prioridades o aumento da cobertura de todas as imunizações, e que a comunicação terá papel central para reverter a resistência da população. O ceticismo em relação às doses cresceu nos últimos anos, estimulado também pelo então presidente Bolsonaro. "A gente tem o maior programa de imunização do mundo e sempre fomos exemplo. Infelizmente, estamos saindo dessa pandemia com essa imagem... acho que dizer 'arranhada' é muito pouco. A comunicação, sem dúvidas, vai ser central neste governo para que a gente possa recuperar a confiança (na vacinação)", disse.

A estratégia do Ministério da Saúde é fazer parceria com outras pastas para conseguir atingir os índices necessários. Por exemplo, trabalhando em escolas e colocando a imunização novamente como um condicionante para receber recursos de programas sociais. Além disso, a nova ministra da Saúde, Nísia Trindade, já determinou que o Programa Nacional de Imunização (PNI) se tornará um departamento, ganhando mais relevância no novo governo. Outra medida é restabelecer o diálogo com os municípios e os estados para que a vacinação caminhe junto em todos os estados.

Faltam doses em BH

A vacinação de crianças de 3 a 11 anos contra a COVID-19 está paralisada em Belo Horizonte devido à falta de doses do imunizante. A última remessa da Coronavac e da Pfizer Pediátrica foi entregue ao município em 21 de novembro. Até ontem, apenas 15% das crianças de 3 a 4 anos, e 66,1% das de 5 a 11 anos completaram o esquema vacinal com duas doses do imunizante. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), responsável pelo repasse da vacinação aos municípios, afirmou que o envio das remessas depende do repasse feito pelo Ministério da Saúde.  Já o órgão federal afirmou que a previsão é que novas doses sejam entregues aos estados 
“nas próximas semanas”.  Por não se tratar da mesma vacina que está em falta, a imunização de crianças de 6 meses a 2 anos, com comorbidade continua na capital. Além disso, os jovens maiores de 12 anos também podem receber as doses faltantes.


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