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Estado de Minas BRASIL

Aluna da USP suspeita de golpe de quase R$ 1 milhão recebeu auxílio

A estudante embolsou o valor em cinco parcelas de R$ 600, entre os meses de junho e novembro de 2020, segundo dados disponíveis no Portal da Transparência


17/01/2023 18:19 - atualizado 17/01/2023 18:19

Dinheiro
A universitária era presidente da comissão de formatura da Turma 106 da Faculdade de Medicina da USP. (foto: Pixabay/Reprodução)
A aluna de medicina Alicia Dudy Muller, 25, suspeita de desviar R$ 927 mil de um fundo de formatura, recebeu R$ 3 mil de auxílio emergencial do Governo Federal, benefício criado para ajudar a população em situação de vulnerabilidade durante a pandemia de covid-19.

 

A estudante embolsou o valor em cinco parcelas de R$ 600, entre os meses de junho e novembro de 2020, segundo dados disponíveis no Portal da Transparência, que não registra a devolução do dinheiro. Alicia terminou o ensino médio em 2014 em uma escola estadual no Ipiranga, na zona sul de São Paulo, e foi aprovada em medicina na USP quatro anos depois, em 2018, após fazer um preparatório no Poliedro, cursinho tradicional na capital paulista entre vestibulandos de universidades concorridas.

  

A universitária era presidente da comissão de formatura da Turma 106 da Faculdade de Medicina da USP. A suspeita de golpe se deu no dia 6 de janeiro, depois que Alicia confessou em um grupo de WhatsApp que perdeu o dinheiro arrecadado para a festa. Ela alegou ter aplicado o montante em uma investidora, investigada por fraudes.

 

Leia: Aluna da USP é suspeita de desviar quase R$ 1 milhão de festa de formatura  

 

Ao todo, 110 pessoas foram afetadas pelo desvio. A formatura, a colação de grau e o baile dos formandos estavam previstos para o início de 2024. Ela foi denunciada à polícia por colegas pelo crime de apropriação indébita.

 

Após o caso ganhar força nas redes sociais, foi descoberto que Alicia já era investigada desde meados do ano passado por deixar um prejuízo de R$ 192 mil em uma lotérica na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.

 

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Em 12 de julho, Alicia tentou apostar R$ 891,5 mil na Lotofácil, mas a gerente da lotérica notou que o Pix tinha sido agendado, informando à suspeita que não aceitava pagamentos agendados. Apesar do alerta, a operadora do caixa já havia realizado apostas de R$ 193,8 mil e entregado os canhotos, de cinco apostas de 20 dezenas (R$ 38,76 mil cada), dando prejuízo ao estabelecimento.

 

De acordo com o inquérito policial a que a reportagem teve acesso, a estudante despertou a atenção da lotérica em abril, quando apostou R$ 9.690 na Lotofácil. No dia seguinte, ela voltou à agência e realizou outras duas apostas no mesmo valor, ambas pagas por meio de Pix.

 

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