Jornal Estado de Minas

CRIME BÁRBARO

Mais um suspeito de matar família é preso no Distrito Federal

A Polícia Civil prendeu na noite desta terça (17) um terceiro suspeito de participação nos crimes que causaram a morte de seis pessoas de uma mesma família, entre elas três crianças, no Distrito Federal.





O homem de 34 anos seria responsável por vigiar o cativeiro por onde teriam passado as seis vítimas, na cidade de Planaltina (DF). Outros dois suspeitos, de 56 e 49 anos, já haviam sido detidos na tarde de terça por policiais da 6ª Delegacia de Polícia Civil de Paranoá (DF). Os três ainda não apresentarem advogado, segundo a Polícia Civil do DF.

Os corpos da cabeleireira Elizamar Silva, 39, de três filhos dela, da sogra e de uma cunhada foram encontrados entre sexta (13) e sábado (14). Carbonizados, os seis corpos estavam em dois veículos, localizados em estradas de Goiás e Minas Gerais.

A polícia agora procura o marido da cabeleireira e o pai dele -pai e avô das crianças-, que estão desaparecidos. Além deles, estão desparecidas uma ex-mulher do sogro de Elizamar e uma filha dele. De acordo com a Polícia Civil do DF, um dos presos afirmou que pai e filho seriam os mandantes do sequestro da família e que o objetivo era ficar com o dinheiro da venda de uma casa.





A Polícia Civil afirma que um dos presos teria vivido um tempo na casa do avô das crianças, onde teria obtido informações sobre a venda de uma casa da ex-mulher dele, avaliada em R$ 400 mil.

"Durante a prisão foram encontrados R$ 10 mil com os autuados, os quais teriam recebido R$ 100 mil pela prática criminosa. Após a prisão, um dos presos indicou a participação do pai das crianças e também do avô, nos dois crimes citados. Portanto, os dois, que estariam constando como desparecidos, teriam tido participação efetiva no crime e depois fugido do DF", informou Ricardo Viana, delegado responsável pelo caso.

Segundo Viana, uma denúncia sobre o desaparecimento de dez pessoas de uma mesma família foi recebida no sábado (14).

A polícia trabalha agora para descobrir se pai e filho estão vivos e se têm envolvimento nos crimes.

Uma das hipótese da investigação é de que, inicialmente, o plano previa apenas o sequestro, mas algum desentendimento entre os suspeitos e os desaparecidos pode ter resultado na morte da família.

Entrevista na TV Na manhã desta quarta (18), em entrevista ao programa Encontro, da TV Globo, os delegados Alexandre Lourenço e Rilmo Braga, da Polícia Civil de Goiás, trataram os quatro desaparecidos como mortos e deram como certa a participação de pai e filho nos crimes. A informação, no entanto, foi rechaçada pela Polícia Civil do DF.





"Eles não são os responsáveis pelo inquérito. As informações que deram foram precipitadas, principalmente com relação a dizer que os quatro desaparecidos estão mortos. Isso é lamentável. A gente não trabalha com achismos. Pode ser que os quatro sejam até coautores dos crimes para matar os outros seis. Ainda faltam perícias e muitas diligências, não dá para fazer essas afirmações agora", disse Darbas Coutinho, chefe da comunicação da polícia do DF.

O delegado responsável pelo caso está em diligências, procurando testemunhas, analisando provas encontradas no cativeiro e ouvindo os três presos novamente, acrescentou a Polícia Civil do DF.