A associação yanomami Urihi informou neste domingo (22) que a mulher da comunidade Kataroa que teve a foto divulgada para alertar sobre a crise humanitária e sanitária na região não resistiu ao grave quadro de desnutrição.
A organização pediu que a imagem dela não seja mais usada, em respeito à cultura do povo yanomami. Quando uma pessoa morre, não se fala mais o nome dela, todos os pertences são queimados e as fotos não são mais divulgadas, diz a associação.
Leia Mais
Boulos vê desafios para Lula, critica fala de Múcio e minimiza elo de ministra com milíciaLula se reúne com chefes das Forças Armadas; dia 8 ficou fora da pautaLula lá': Presidência faz postagem com melodia do jingle de campanhaMinistro de Lula é vítima de fraude pelo WhatsAppLula fará decreto contra 'grave crise' que afeta os yanomamisYanomamis fazem fila para receber cestas básicasYanomami: recuperação ambiental deve levar até 100 anos, diz líder indígenaDJ dispara canhão de confete no próprio rosto durante show; veja Transmissão ao vivo mostra grupo invadir jogo de futebol e matar três no AM
Na sexta-feira, o Ministério da Saúde decretou estado de emergência para combater a falta de assistência sanitária que atinge os yanomami.
Leia: Yanomamis: Lula promete assistência médica e combate ao garimpo ilegal
O presidente Lula (PT) montou um comitê para elaborar medidas para combater, principalmente, a questão da fome e da segurança.
Essa área de Roraima é palco de confrontos violentos e frequentes entre garimpeiros e os indígenas, além de denúncias de negligência do governo do Estado e da antiga gestão Bolsonaro.
Crise sanitária e humanitária. Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 570 crianças yanomamis morreram por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, "devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região".
Leia: Presidente Lula vai até Terra Yanomami para tratar da crise humanitária
Jair Bolsonaro (PL) deu justificativas neste domingo (22) pelo Telegram, mas foi rebatido por Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Considi-YY (Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuana).
O presidente do Conselho disse que a luta deles é por dignidade e acusou o ex-presidente de "infestar os órgãos indígenas com militares que não tinham experiência técnica".