Ao anunciar a suspensão do Uber Moto, a empresa reafirmou que o serviço está amparado em legislação federal. Além disso, disse que a decisão ocorreu agora em comum acordo com a prefeitura da capital para permitir estudos sobre a segurança aos passageiros que usam mototáxi.
"Entendemos que a prefeitura da cidade ainda necessita de estudos mais aprofundados, que vêm sendo conduzidos por meio de um grupo de trabalho técnico que já conta com a participação da Uber", disse a empresa.
O grupo de trabalho foi anunciado em 6 de janeiro, no dia seguinte à chegada oficial do Uber Moto à cidade.
A suspensão também ocorre quatro dias após Nunes dizer que a empresa sofreria as consequências jurídicas do desrespeito ao decreto municipal. "Eu não quero guerra com eles [Uber], mas se eles querem guerra, vão ter", afirmou o prefeito na última quinta-feira (26).
As mortes em acidentes que envolvem motocicletas na cidade de São Paulo aumentaram 29,4% em 2022, na comparação com o ano anterior. A alta de mortes acompanha uma tendência nacional das últimas décadas: a morte de motociclistas aumentou nove vezes nos últimos 25 anos.
A empresa afirmou que o Uber Moto está disponível em mais de 170 cidades no Brasil e que há cuidados para garantir a segurança no trânsito. A empresa também disse que nenhum acidente foi registrado enquanto a modalidade foi utilizada na cidade.
Mesmo com a suspensão do serviço na plataforma, o mototáxi informal ainda é uma realidade na cidade de São Paulo. A 99, empresa concorrente da Uber, anunciou que vai oferecer seu mototáxi a partir desta terça-feira (31). A Folha de S.Paulo mostrou, no ano passado, que o serviço é ofertado na cidade de forma espontânea na periferia.