A Polícia Civil encaminhou ao Ministério Público de São Paulo o inquérito policial sobre o caso da aluna de medicina da USP Alicia Dudy Müller Veiga, 25, que admitiu ter quase R$ 1 milhão do fundo da festa de formatura da sua turma.
Em depoimento, a aluna afirmou que pretendia investir o valor, mas começou a perder o dinheiro por falta de conhecimento em finanças. Com isso, passou a jogar na loteria para tentar recuperar o montante.
A investigação apontou que Alicia utilizou parte do dinheiro para cobrir despesas pessoais. A investigação foi conduzida pelo 16º Distrito Policial (Vila Clementino).
Em nota, a Promotoria afirma que vai analisar as informações colhidas pela polícia para decidir se oferece uma denúncia contra a jovem ou se vai solicitar investigações complementares.
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Os repasses foram feitos pela empresa Ás Formaturas para três contas pessoais de Alicia, a pedido da estudante, que era presidente da comissão de formatura.
Cada transferência pode ser considerada um crime cuja pena máxima é de quatro anos de reclusão. Assim, ela poderia pegar uma pena de até 36 anos. Quando Alicia prestou depoimento à polícia, a delegada responsável pelo caso, Zuleika Gonzalez, disse que sua prisão é improvável, porém não está descartada.
Durante operação de busca e apreensão na casa da formanda, os investigadores encontraram anotações de consultas com videntes e mãe de santo. Também foram apreendidos celulares, um veículo Volkswagen Nivus, um tablet, cartões bancários e diversos documentos. Todo o material é analisado pela autoridade policial para esclarecer os fatos, diz a SSP.
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Atual presidente da comissão de formatura do curso de medicina da USP, Gabriela Cristina Sarti afirmou à Polícia Civil que a colega mudou a senha do email da comissão. Por isso, o grupo não sabia das quantias transferidas para a conta pessoal de Alicia.
Após a quebra de sigilo bancário, a polícia verificou que o padrão de vida de Alicia mudou no ano passado. Em 2021, ela tinha cerca de R$ 2.000 em gastos no cartão de crédito, que pularam para R$ 7.000.
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Após investigação do Procon, a empresa organizadora da festa disse ao órgão que se comprometia em absorver o prejuízo de R$ 920 mil dos estudantes de medicina da USP e realizar o evento sem custo extra para os formandos.
Além de apropriação indébita, Alicia é investigada por suspeita de estelionato e lavagem de dinheiro pela polícia de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). Essa investigação teve início após ela tentar apostar, sem pagar, um total de R$ 891 mil em bilhetes da Lotofácil.