A Justiça Federal determinou que a Agência Nacional de Mineração (ANM) realize o leilão da cassiterita extraída ilegalmente do território Yanomami em Roraima. A decisão foi proferida na segunda-feira (30/1) e tem como objetivo reverter o valor arrecadado para ações de segurança e combate ao garimpo na região.
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O MPF então fez nova manifestação e nela aponta que a ANM sequer justificou porque o leilão não foi feito na primeira decisão judicial mesmo após mais de 200 dias decorridos desde a medida.
A Agência Nacional de Mineração tem, entre outras atribuições, o papel de fiscalizar a extração não autorizada de minerais no Brasil. De acordo com a representação do MPF, o material apreendido em ações ilegais na terra Yanomami tem valor estimado em R$ 25 milhões.
Os Yanomamis estão sob situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, decretada pelo Ministério da Saúde em 21 de janeiro. Centenas de crianças e adultos indígenas já morreram em decorrência da desnutrição e doenças com tratamento na região. Indícios de que a atividade ilegal de garimpeiros, que cresceu vertiginosamente nos últimos quatro anos, esteja relacionada à calamidade vivida em Roraima estão sendo investigados pela Polícia Federal.