- Marcelo Guerreiro Caldas, ex-diretor de Administração e Finanças da Infra S.A., foi afastado pelo Conselho Administrativo da estatal após ter sido acusado de apresentar um diploma falso para tomar posse no cargo.
A Infra S.A. nasceu da incorporação da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), conhecida como a estatal do trem-bala, pela antiga Valec.
Caldas já era diretor de Gestão na EPL, com remuneração base de R$ 29.274,96. Internamente, era considerado o braço direito do então diretor-presidente, Arthur Lima, hoje chefe da Casa Civil da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo.
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Americanas começa a demitir no Rio e em Porto AlegreBNDES quer reduzir juros, mas nega plano para subsidiar créditoGNV: Gasmig anuncia redução de preço de 9,19%Na ocasião, o então diretor foi afastado provisoriamente durante a apuração, que corre em sigilo. Em 16 de janeiro, o afastamento tornou-se definitivo em função do seu pedido de renúncia, segundo informou a Infra.
Procurado, o UniCeub relatou ter recebido uma demanda de informações sobre a graduação de Caldas na instituição.
"O Centro Universitário averiguou internamente e verificou que não há registro acadêmico ou diploma auferido pela instituição em nome do referido diretor", afirmou.
A partir da constatação, comunicou o fato à 2° Delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal em 11 de janeiro e solicitou a abertura de um inquérito criminal.
Marcelo Caldas afirma estar sendo vítima de perseguição. À reportagem, afirmou ter tomado conhecimento apenas de que teria havido uma denúncia anônima, à qual ele não teria tido acesso por correr em sigilo.
"Estou extremamente surpreso com essa informação. Se é que ela consta na denúncia, não deveria ser do seu conhecimento porque ela é sigilosa. Isso é irregular e, se vazou, mostra as perseguições que venho sofrendo", conta.
Questionado se havia se graduado pelo UniCeub, o ex-diretor afirmou que não poderia "dar nenhuma informação adicional".
Como diretor-presidente da EPL, Arthur Lima foi quem assinou a portaria de nomeação de Caldas como diretor de Gestão em 2019. A estatal ficava no guarda-chuva do antigo Ministério da Infraestrutura, comandado por Tarcísio.