Veruska Donato, ex-repórter da Rede Globo, entrou na Justiça, na última terça-feira (31/1), contra a emissora, alegando assédios morais e pressão relacionada a perda de peso. As exigências fizeram com que a jornalista desenvolvesse um quadro de burnout.
Um atestado médico, obtido pela reportagem da Folha, revela que Veruska precisou tirar uma licença de 60 dias, em 2021, para tratar problemas emocionais ligados "às pressões do ambiente de trabalho." O jornal também teve acesso a um e-mail, de 2017, em que a chefia de jornalismo (na época, com Cristina Piasentini à frente) orienta os repórteres a evitarem "tecidos apertados".
A jornalista alega que a pressão estética sofrida no ambiente de trabalho piorou conforme ela ia se aproximando dos 50 anos. Veruska relata que qualquer flacidez, ruga ou gordura considerada "fora do lugar" era alvo de críticas pelos chefes.
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Donato está processando a emissora em R$ 13 milhões, valor que inclui os supostos assédios morais e dívidas trabalhistas, uma vez que a jornalista trabalhou entre 2002 e 2019 como pessoa jurídica (PJ), mas mantinha rotina de profissionais que trabalhavam em regime de CLT.
A Globo respondeu à Folha que "não comenta ações judiciais em curso. O que pode assegurar é que não existe nenhuma orientação nesse sentido para nossos profissionais."