Quando conversou com a Folha de S. Paulo, a informação tinha acabado de chegar e ele ainda não sabia as idades, nem a localização exata do resgate. "Mas esse episódio dá forças para seguirmos com o nosso trabalho. Onde há vida, há esperança", afirmou.
As equipes estão trabalhando 24 horas por dia desde que a região foi assolada por um volume recorde de chuvas, relata o prefeito.
São cerca de 600 homens trabalhando, revezando-se em turnos e todos com poucas horas de sono. "É uma operação coordenada nas três esferas de poder, União, estado e município, com responsabilidade e agilidade, e muita vontade de fazer dar certo. Não tem ninguém encostado."
As chuvas arrefeceram, mas Felipe Augusto atesta que a situação ainda é crítica. São esperados 200 mm de chuva para os próximos três dias. Embora seja menos que os 600 mm que caíram em menos de 24h no último fim de semana, ainda é bastante, considerando os deslizamentos e o impacto que o primeiro temporal já causou.
Justamente pela delicadeza da situação é que as operações de buscas não tem prazo para acabar. O grupo seguirá mobilizado enquanto houver necessidade.
Além das procura por vítimas, também há equipes mobilizadas de empresas privadas trabalhando na recuperação de estruturas e de sinal de telefonia, por exemplo. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) acompanha a situação no local.
A Prefeitura de São Sebastião, no litoral norte paulista, divulgou, nesta terça-feira (21), o nome de 12 vítimas do temporal que afetou o município entre sábado (18) e domingo (19).
Até o momento, a Defesa Civil registrou a morte de 44 pessoas, sendo 43 em São Sebastião e uma em Ubatuba. O total foi atualizado na manhã desta terça.