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Estado de Minas LUTO

Escola ficará fechada por uma semana após ataque, em São Paulo

Secretário estadual de Educação declara que, se preciso, recesso de julho será antecipado na escola


27/03/2023 16:19 - atualizado 27/03/2023 17:22

Fachada da Escola Estadual Thomázia Montoro
O ataque resultou na morte da professora de ciências Elizabeth Tenreiro. O agressor, que é aluno do 8º ano do ensino fundamental na escola, foi apreendido. (foto: Reprodução)
Após o ataque de um adolescente de 13 anos, que matou a facadas uma professora de 71 anos na manhã desta segunda-feira (27), a escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, ficará fechada por uma semana. A determinação foi do secretário estadual de Educação, Renato Feder. "A escola ficará fechada por uma semana. Se precisar estender, vamos acompanhar. Vamos antecipar o recesso de julho nessa escola", disse o secretário.

 

Em relação aos demais feridos pelo adolescente -dois alunos e outras três professoras-, Feder informa que não estão em risco de morrer. "A [que está] em pior estado é a professora Ana Célia, que foi mais atingida, mas passa bem e não corre risco de vida. Nenhum aluno corre risco também."

 

O ataque resultou na morte da professora de ciências Elizabeth Tenreiro. O agressor, que é aluno do 8º ano do ensino fundamental na escola, foi apreendido. De acordo com a polícia, ele anunciou o ataque em um post em rede social na manhã desta segunda, em que escreveu ter aguardado por esse momento a "vida inteira". Disse, ainda, que esperava matar ao menos uma pessoa.

 

As professoras feridas são Jane Gasperini, Rita de Cássia Reis e Ana Célia Rosa. As vítimas foram socorridas e levadas para hospitais da região.

 

O adolescente usava uma máscara de caveira do momento do ataque, conforme mostram imagens do circuito de segurança da escola. O vídeo, ao qual a reportagem teve acesso, mostra que o adolescente entra correndo em uma sala de aula e parte para cima de uma professora, que estava de costas, em pé.

 

A docente, que não percebe a aproximação do agressor, é atingida violentamente por diversos golpes nas costas e cai no chão.

Alunos entram em desespero e tentam sair da sala. Nesse momento, o agressor passa a tentar golpear os colegas e atinge alguns deles.

Um segundo vídeo mostra o adolescente atingindo outra professora. Ele desfere vários golpes na mulher, que está em pé e tenta se proteger com os braços.

 

A docente cai no chão, continua recebendo golpes e é arrastada pelo aluno. Duas mulheres entram na sala, e uma delas consegue imobilizar o adolescente, enquanto a outra retira a faca das mãos dele.

 

O secretário da Segurança paulista, Guilherme Derrite, diz que a professora realizou um ato heroico.

 

"Ela imobilizou o agressor, fez com que a arma branca fosse retirada dele. Se não fosse essa ação, a tragédia teria sido maior", disse Derrite, que lamentou o episódio. "Nosso foco é dar assistências às vítimas e famílias que passaram por isso. Uma linha de investigação vai ser realizada para entendermos quais os motivos que levaram esse aluno a fazer esse atentado", acrescentou.

 

Feder também falou sobre a professora que ajudou a conter o agressor. "Conseguimos uma heroína hoje, a professora Cíntia. Não tivemos nenhuma criança com ferimentos graves. Toda a escola está muito triste, difícil saber o que aconteceu e as motivações", disse.

Ainda segundo Feder, a escola era atendida por uma ronda escolar, que agiu rapidamente e apreendeu o aluno. O agressor foi transferido para a escola no dia 15 de março.

 

"Nesse período de permanência, a diretora não recebeu nenhum aviso e nem [teve] ciência de nada que chamasse atenção. A escola foi pega desprevenida. A polícia vem fazendo bom trabalho próxima a escola", disse Feder.


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