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Estado de Minas SÃO PAULO

'Confusão de sentimentos', diz professora que imobilizou autor de ataque

Cinthia disse que, agora, vai se concentrar em transmitir energia para os colegas, para a família, para a comunidade da escola e para todo o sistema de educação


28/03/2023 14:00 - atualizado 28/03/2023 14:14

print do vídeo do momento que professora imobilizou o ataque
Foi Cinthia quem imobilizou o agressor e impediu que ele continuasse os ataques (foto: reprodução rede social)

Considerada uma heroína por sua atuação durante o ataque de um aluno de 13 anos à Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, nesta segunda (27), a professora de educação física Cinthia Barbosa esteve nesta terça (28) no velório da docente Elisabeth Tenreiro, 71, morta a facadas no episódio.

 

Foi Cinthia quem imobilizou o agressor e impediu que ele continuasse os ataques -àquela altura, o adolescente já havia ferido outras três professoras e um aluno. O jovem foi apreendido e encaminhado para a Fundação Casa.

 

A professora chegou por volta das 11h20 ao velório, no Cemitério do Araçá, na zona oeste da capital. Em conversa rápida com os jornalistas, disse que vive "uma confusão de sentimentos" e que, assim como outros colegas, está muito comovida.

 

"As emoções estão bem afloradas. Isso que estou sentindo agora eu vou expressar ali dentro [no velório]."

 

Cinthia disse que, agora, vai se concentrar em transmitir energia para os colegas, para a família, para a comunidade da escola e para todo o sistema de educação. "O que fica [da professora Elisabeth] é só amor."

 

PAIS, ATENÇÃO AO CELULAR

 

O ataque à escola, realizado por um adolescente de 13 anos, ainda deixou feridos um aluno e outras três professoras, além de um estudante em estado de choque.

 

O pai do aluno que foi ferido no ataque disse à reportagem que o filho ainda não assimilou o que aconteceu, "não caiu a ficha".

 

Ele diz que aconselha pais e responsáveis a tomarem cuidado com as conversas que os filhos mantêm pelo celular. E acrescentou que, quando há algo errado, as crianças dão indícios.

 

Também presente no velório, a mãe do aluno ferido disse esperar que os governantes olhem mais para as crianças.


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