BRASÍLIA, DF (UOL/FOLHAPRESS) - Uma enfermeira afirma ter lido notícias de que um rapaz de 16 anos havia morrido após ser alvo de golpes de faca num metrô em Toronto, no Canadá. Como ela tinha saído para se encontrar com amigos, ela afirma nem ter cogitado que a vítima do atentado poderia ter sido o filho.
ATAQUE NÃO FOI PROVOCADO, DIZ POLÍCIA
Segundo testemunhas, a vítima estava sentada num banco no subsolo da estação quando o suspeito se aproximou e o esfaqueou sem motivação aparente. Ele teve ferimentos graves e foi transportada para o hospital, onde morreu poucas horas depois, de acordo com a polícia.
O suspeito, identificado como Jordan O'Brien-Tolbin, de 22 anos, foi preso no sábado e acusado de homicídio em primeiro grau. Em um comunicado, a vice-prefeita de Toronto, Jennifer McKelvie, chamou o assassinato do adolescente de tragédia. "Meus pensamentos estão com a família e amigos enquanto eles lamentam esta perda", disse ela.
O assassinato do jovem ocorre após uma série de ataques aleatórios no metrô da cidade canadense no início deste ano. De janeiro a fevereiro, o Serviço de Polícia de Toronto notificou o público sobre ao menos 14 crimes violentos diferentes contra passageiros ou funcionários.
"Eu culpo o sistema. Se nós quisermos resolver o problema, precisamos ir mais fundo do que colocar guardas no metrô e nas ruas. Precisamos do apoio apropriado. Precisamos investir mais. Toronto é uma cidade rica. Nós pagamos muitos impostos e queremos que nosso dinheiro vá para a segurança", afirmou ao Global News a mãe do adolescente.
FAMÍLIA SE MUDOU DE SÃO PAULO POR CAUSA DA VIOLÊNCIA
Ao canal Global News, a mãe e o pai da vítima disseram que se mudaram do Brasil para o Canadá em 2000. "Nós deixamos São Paulo, uma cidade muito, muito perigosa, muito violenta. Procurávamos uma vida melhor, oportunidades, e queríamos ter filhos. Nós queríamos segurança".