Jornal Estado de Minas

VIOLÊNCIA

Ataque a creche em SC não é caso isolado; relembre outros crimes parecidos


O atentado a uma creche em Blumenau, no Vale do Itajaí, Santa Catarina, matou pelo menos quatro crianças e feriu outras cinco na manhã desta quarta-feira (5). No entanto, esse não é um caso isolado de ataques às instituições de ensino brasileiras.





Na esfera estadual, um primeiro caso que ficou emblemático e com grande repercussão ocorreu em Janaúba, no norte de Minas. Em outubro de 2017, um vigia de uma creche municipal da cidade ateou fogo em várias pessoas que estavam na instituição. À época, cinco vítimas morreram e outras 20 ficaram feridas, sendo nove em estado grave. Damião Soares dos Santos, de 50 anos, foi o autor do crime e incendiou o próprio corpo após cometer o crime. Ele morreu no hospital.



Dois anos depois, em novembro de 2019, em Caraí, cidade a 391 km de Janaúba, um estudante de 17 anos invadiu a escola que estudava e atirou contra alunos. Dois adolescentes de 15 e 16 anos ficaram feridos e foram encaminhados ao hospital municipal de Padre Paraíso, um município vizinho. Segundo o diretor da escola, havia cerca de 300 alunos no local.


Já em novembro de 2022, uma escola de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi invadida e vandalizada. Janelas, portas e outros objetos foram danificados e também foram feitas pichações de símbolos nazistas nas paredes da instituição de ensino.





Brasil


Um dos casos de maior repercussão na imprensa nacional foi o que ficou conhecido como "Massacre de Realengo". Em abril de 2011, Wellington Menezes de Oliveira, um ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, entrou na instituição com dois revólveres e se identificou como um palestrante. Dentro do colégio, ele atirou à queima-roupa e matou 12 adolescentes com idades entre 13 e 15 anos.


Três anos depois, em outubro de 2017, um estudante de apenas 14 anos entrou no Colégio Goyases, escola particular de ensino infantil e fundamental de Goiânia. No fim da manhã, ele tirou da mochila uma pistola .40 e atirou dentro da instituição de ensino. No local, duas pessoas foram mortas e outras quatro ficaram feridas.


Em março de 2019, dois ex-alunos da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, no interior de São Paulo, fizeram um atentado com armas de fogo dentro da instituição de ensino. Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, mataram cinco alunos, duas funcionárias e o proprietário de uma locadora de veículos. Ao verem os militares, os dois teriam se matado.





Dois anos depois, em maio de 2021, um jovem de 18 anos invadiu uma escola municipal de educação infantil em Saudades, no Oeste de Santa Catarina. Com golpes de facão, o suspeito matou três crianças e uma professora. Outra funcionária da instituição de ensino foi socorrida em estado grave e uma quarta criança também foi ferida.


Pouco mais de um ano depois, em setembro de 2022, na cidade de Barreiras, no Oeste da Bahia, a Escola Municipal Euclides Sant'Anna foi invadida por um jovem que portava uma arma de fogo, um facão e uma machadinha. Dentro da instituição de educação, ele matou uma jovem cadeirante, de 20 anos.


Mais recentemente, em novembro de 2022, um adolescente de 16 anos invadiu e atacou duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo. Para se deslocar entre as escolas, ele teria utilizado o carro do pai. Nos ataques, matou quatro pessoas, entre elas uma pesquisadora da UFMG que trabalhava em uma das instituições invadidas.


Por fim, na última segunda-feira (27), um adolescente realizou um ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste da cidade de São Paulo. Na ocasião, o suspeito, que é aluno do 8º ano, esfaqueou três professores e dois alunos. A professora de ciências, Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu.