Na manhã desta sexta-feira (7/4), usuários de drogas invadiram e saquearam uma drogaria na avenida São João, na região central de São Paulo. O caso aconteceu depois dos dependentes químicos terem sido dispersados por uma ação conjunta de GCM (Guarda Civil Metropolitana), Polícia Militar e Polícia Civil na cracolândia.
Imagens do exterior da loja mostram o grupo atacando o estabelecimento. Os usuários destroem estandes e levam o que encontram pela frente, se afastando o mais rápido o possível. Pouco depois, o policiamento chega ao local.
Outro vídeo mostra o rastro de destruição deixado após o ataque.
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Mesmo após a dispersão do entorno da drogaria, os usuários continuaram vagando pela avenida São João, inclusive no meio da via, e atacaram, ao menos, mais um comércio, um mercado.
Rita Palma, 55, moradora da avenida São João, acompanhou a investida à drogaria. Ela diz ter sido uma cena de filme de terror. "Os usuários se multiplicaram. A cracolândia está se espalhando, cada vez com mais violência, e o poder público nos abandonou", declara ela.
A presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) do Centro, Marina Barbosa, afirma que os comércios da região estão falindo ou fechando as portas em razão dos ataques e ser inadmissível o que a população está vivenciando com "barbáries" como a desta sexta.
"Precisamos de reforço no policiamento, que deve cumprir com o rigor das leis. A prefeitura tem que tirar esses indivíduos, usuários de drogas, do centro da maior metrópole da América Latina", completa Barbosa.
Prefeitura de São Paulo
Segundo a Prefeitura de São Paulo, são feitas rondas três vezes ao dia pelas equipes de zeladoria nas ruas da região central onde a cracolândia se estabeleceu nos últimos quatro meses, nos bairros Santa Ifigênia e Campos Elíseos.
A dinâmica é iniciada por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) que entram em meio à aglomeração de usuários de drogas para revistar os usuários e fazer triagem com a Polícia Civil. Em seguida, as equipes de varrição vão desmontar tendas improvisadas usadas, segundo investigações, por traficantes para vender crack sem serem flagrados por câmeras de segurança e drones, e também vão recolher o lixo.
Na última segunda-feira (3), o trabalho também passou a incluir triagens e abordagens de equipes de saúde.