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Estado de Minas DENÚNCIA

''Racismo e misoginia'', afirma governo sobre expulsão de mulher em voo

O Ministério das Mulheres vai pedir providências à Polícia Federal e pedido de desculpas do órgão à passageira que foi abordada


29/04/2023 18:17 - atualizado 29/04/2023 18:43

O Ministério das Mulheres considerou o caso da passageira Samantha Vitena uma demonstração de racismo e misoginia no Brasil. A pasta, que se manifestou na tarde deste sábado sobre a situação, afirmou que esta é uma violência estrutural às mulheres negras no Brasil. Por isso, pedirá providências à Polícia Federal (PF).

"O episódio contra Samantha Vitena em um voo de Salvador na madrugada deste sábado demonstra o racismo e a misoginia que atingem de forma estrutural as mulheres negras em nosso país”, a pasta.

Em um voo da Gol que saía na madrugada de sexta para sábado (29/4), de Salvador rumo a São Paulo, a passageira se recusou a despachar a bagagem de mão, segundo ela, por medo de que o notebook fosse danificado no transporte. Com a ajuda de outros passageiros, ela conseguiu encaixar a mochila no bagageiro superior. Poucos tempo antes da decolagem, policiais federais a abordaram para detê-la.


Passageiros registram em vídeo momento em que a mulher negra é expulsa de voo que saía de Salvador
Passageiros registram em vídeo momento em que a mulher negra é expulsa de voo que saía de Salvador (foto: Redes sociais/Reprodução)
Em vídeos divulgados na internet pelas outras pessoas no local, os policiais alegaram seguir solicitação do comandante da aeronave. Os próprios passageiros alegaram que a moça foi vítima de racismo.

“Ela foi retirada da aeronave por três homens da Polícia Federal cerca de uma hora depois de o problema da bagagem ter sido resolvido, conforme seu relato e o de testemunhas. A cena é uma afronta a Samantha e a todas as mulheres negras”, declarou o ministério.

A pasta se posicionou em defesa de Samantha e afirmou que além de providências legais, pedirá que a PF "peça desculpas e explicações após a abordagem". Não mencionaram nenhum contato com a companhia aérea.

Até o momento, a Gol se defendeu alegando que a cliente "não aceitou a colocação de sua bagagem nos locais destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo". Não mencionaram justificativa para a abordagem policial.


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