Jornal Estado de Minas

POLÊMICA

Caso Filó: deputada critica Ibama e entra com mandado de segurança

A deputada estadual Joana Darc (União Brasil-AM) usou as redes sociais neste sábado (29/4) para afirmar que ela e o influenciador Agenor Tupinambá teriam sido enganados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), pois o órgão, conforme a parlamentar, não estaria permitindo que eles vejam o animal silvestre, que passa por processo de reintegração ao habitat natural em um centro de tratamento de Manaus. 



No Twitter, a deputada disse que entrou com “um mandado de segurança”. “Agora, a gente pode fiscalizar para ter o laudo do biólogo e veterinário. Só sairemos daqui com a Filó”, escreveu.
 
No Instagram, em vídeo, ela também relatou o ocorrido e citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na legenda da publicação pedindo que ele interfira no caso. “Nós agimos de boa-fé levando eles lá na propriedade. (...). O Ibama abusou da autoridade na casa do Agenor. Os fiscais fizeram um interrogatório completamente abusivo. (...). A Filó está em cativeiro em uma gaiola horrível”, declarou. 
 
O Ibama acabou concedendo liberação para o animal ficar em algum bando natural perto do antigo dono, mas o pecuarista chegou a temer os perigos da região para Filó. Em diálogo com o instituto, foi decidido que o mamífero fosse levado para Manaus até segunda-feira (24/4) – prazo que não foi cumprido. 





Filó está em processo de reintegração 

Após a data estipulada, por decisão judicial, o animal, apelidado de Filomena, foi entregue aos cuidados do Ibama na última quinta-feira (27/4), quando o tiktoker e a capivara foram de avião de Autazes a Manaus, onde Filó é assistida pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) para posterior reintegração à natureza. 

“A responsável pelo Cetas combinou junto com o superintendente e várias pessoas aqui do Ibama que eu, o veterinário e o Agenor iriamos ver a Filó, mas não estão fazendo isso. Estou me sentindo uma idiota por ter acreditado”, disse a deputada. 

 
A reportagem entrou em contato com o Ibama para comentar o caso e aguarda retorno. Em nota à imprensa divulgada na quinta-feira passada (20/4), o instituto reforçou que – ao analisar o conteúdo das redes sociais de Agenor – constatou “que os animais eram retirados da vida livre e exibidos em situações incompatíveis com os hábitos das espécies, como, por exemplo, banho com produtos de higiene humana, uso de roupas e ornamentos”. Leia a nota na íntegra aqui

O influenciador ainda foi multado em mais de R$ 17 mil depois de ser acusado de maus-tratos e exploração de animais. “De todas as surpresas que a fama na internet me trouxe, eu jamais imaginei que seria acusado de abuso, maus-tratos e exploração contra animais. Também fui acusado de matar um animal do qual todos são testemunhas que só dediquei amor e fiz tudo que podia para preservar sua vida”, declarou Agenor em suas redes sociais na ocasião.