Laudos do Instituto Geral de Perícia do Rio Grande do Sul apontaram contaminação por fungos e ovos de parasitas em amostras de molho de tomate da marca Fugini.
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A contaminação torna o produto impróprio para consumo humano porque alimentos com fungos estão associados a toxinas prejudiciais à saúde, avaliou a perícia em laudo enviado nesta quarta-feira (17/5) às autoridades.
Entre as consequências, o laudo aponta a piora de quadros alérgicos ou "diversos tipos de infestação nos humanos", detalhou Souza.
A empresa ainda não foi convocada a se manifestar, o que deve ser feito amanhã, afirmou a delegada. "Agora, o desdobramento da investigação será com a intimação dos responsáveis da empresa, para que venham efetivamente aqui ser interrogados e aí nas próximas semanas, possivelmente, já vamos ter a conclusão deste inquérito", informa Jeiselaure.
À reportagem, a Fugini informou que está deixando de usar conservantes artificiais em seus produtos e alguns ingredientes. Segundo a empresa, esse processo, associado à falta de conhecimento da população, está provocando "rumores infundados" entre consumidores. Ainda de acordo com a companhia, o processo dela é automatizado e o índice de ocorrências é de três em cada milhão.
"Isso não significa, de forma alguma, que o produto tenha um problema de qualidade, mas sim que ele está passando por um processo de oxidação ou decomposição natural, assim como pode acontecer com as frutas, o ovo ou o pão, por exemplo. Esse fato também pode ocorrer pelo armazenamento por período incorreto na geladeira", afirmou a Fugini, em nota à reportagem.
Inquérito não tem relação com avaliação da Anvisa sobre a marca
Em março deste ano, a Anvisa chegou a suspender a venda de produtos da Fugini após "falhas graves" na fabricação dos produtos durante inspeção sanitária na fábrica da empresa. A suspensão caiu em abril após nova visita técnica da inspeção sanitária.
O inquérito em curso envolvendo molhos de tomate da marca foi instaurado em dezembro de 2022 e não tem relação com a decisão da Anvisa, explicou a delegada.
A motivação foi a reclamação de consumidores, que publicaram nas redes sociais vídeos de "corpos estranhos" que saía dos produtos da marca.