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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Polícia prende 31 suspeitos de integrar grupo que aplicava golpe dos nudes

Crime consiste na extorsão de usuários após ameaça de vazar fotos íntimas vítimas; suspeitos foram presos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina


29/05/2023 12:21 - atualizado 29/05/2023 13:34
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Pessoa mexendo no celular
Polícia do Rio Grande do Sul fez uma operação contra grupo criminoso que aplicava o chamado golpe dos nudes (foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul fez uma operação na manhã desta segunda-feira (29/5) contra um grupo criminoso que aplicava o chamado golpe dos nudes. Pelo menos 31 suspeitos de integrar o grupo foram presos.

Os bandidos exigiam dinheiro para não vazar fotos íntimas das vítimas. O dinheiro obtido pelo golpe era pulverizado entre laranjas até que voltasse para o grupo criminoso, aponta investigação da Polícia Civil.

O grupo é acusado de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Parte do dinheiro era usado em cantinas de prisões, diz a polícia. São cumpridos 102 mandados judiciais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Veja:


O que é o golpe dos nudes?


Criminosos entravam em contato com as vítimas por falsos perfis nas redes sociais. Após estabelecer uma relação mais íntima com a vítima, a suposta mulher enviava nudes por aplicativos de mensagens.

Após o envio das primeiras imagens, os criminosos entravam em ação, com ameaças de extorsão a vítima, geralmente casada ou comprometida, e alegavam que as imagens recebidas eram de uma menor de idade.

Com a promessa de não denunciar nem envolver a polícia, a quadrilha exigia o pagamento em dinheiro em troca de não expor a situação.

Os golpistas se passavam por adolescentes, por familiares da suposta menor de idade com quem a vítima teria trocado mensagens pelas redes sociais, e até mesmo por policiais. Cenários simulando delegacia eram criados para maior veracidade ao golpe.

Nos vídeos, criminosos atuavam como supostos delegados para pressionar a transferência de valores em um esquema que chegou a movimentar milhões de reais em ações comandadas de dentro de presídios de segurança máxima do Rio Grande do Sul.


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