Um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) foi detectado pelo Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), no estado do Rio Grande do Sul na segunda-feira (29/5). Os casos, próximos à Lagoa da Mangueira, no município de Santa Vitória do Palmar, são os primeiros registros no estado desde a chegada do vírus na América do Sul e no Brasil.
Os espécimes analisados são aves silvestres Cygnus melancoryphus, também conhecidas como cisne-de-pescoço-preto. Uma notificação de animais mortos e doentes foi recebida pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO), que encaminhou amostras para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP). Após a identificação dos casos, diversas propriedades rurais foram visitadas para vistorias. Nenhum caso suspeito em aves domésticas foi detectado.
As medidas e procedimentos previstos no Plano de Contingência para Influenza Aviária continuam sendo aplicados pelo SVO incluindo o estabelecimento das zonas de proteção e vigilância. A Seapi reforça que a infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não afeta a condição do Estado e do país como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), não impactando o comércio de produtos avícolas. Não há risco no consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida por meio do consumo.
"A vigilância sanitária animal está estruturada e conta com servidores capacitados e comprometidos, realizando suas ações conforme os protocolos sanitários vigentes. Isso compreende uma averiguação em toda a área de vigilância onde os focos foram localizados, para monitorar e encontrar novas aves que possam estar contaminadas, bem como vigilância e atendimento a notificações de suspeitas nas demais regiões do Estado. Também reforçamos o alerta ao setor produtivo avícola do Estado para que sejam reforçadas todas as medidas de biosseguridade das granjas", afirma a diretora do DDA, Rosane Collares.