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Estado de Minas POSICIONAMENTO

Valadão volta atrás e diz que pastor preso por estupros era líder na igreja

Anteriormente, André Valadão, líder da Igreja Batista da Lagoinha, disse que o pastor Joilson da Silva de Freitas Santos, preso em SP, era só um membro comum


11/06/2023 00:05 - atualizado 11/06/2023 13:36
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Pastor André Valadão de olhos fechado, segurando microfone, no palco, durante pregação.
'É um crime terrível de um monstro, que vem destruindo famílias', diz pastor André Valadão em novo pronunciamento nas redes sociais (foto: Facebook/Reprodução)
O líder da Igreja Batista da Lagoinha, André Valadão, voltou atrás e admitiu que Joilson da Silva de Freitas Santos, preso pela Polícia Civil em Guarulhos, na Grande São Paulo, suspeito de ter abusado sexualmente de crianças e adolescentes que frequentam o templo, executava funções de liderança na igreja. Anteriormente, o religioso havia afirmado que Joilson era apenas um membro. 
 
“É um crime terrível de um monstro, que vem destruindo famílias. Até então, o que era cabível a nós, ele era um membro comum. Porém, ontem, no dia 9 de junho, soubemos que ele era um líder ativo, mas não era pastor na igreja. (...). Venho aqui retificar [corrigir]. Não tenho dificuldade alguma de falar com vocês sobre nenhum assunto”, declarou em vídeo publicado nas redes sociais nesse sábado (10/6).

Contudo, embora Valadão continue negando que Joilson tivesse o status de pastor, ele era qualificado dessa forma em peças de publicidade veiculadas pela instituição religiosa. Veja abaixo: 

À direita, detalhe ampliado da arte de divulgação mostra Joilson da Silva de Freitas Santos intitulado como pastor por meio da sigla 'PR'
À direita, detalhe ampliado da arte de divulgação mostra Joilson da Silva de Freitas Santos intitulado como pastor por meio da sigla 'PR' (foto: Lagoinha Guarulhos/Facebook/Reprodução )

 
Mais cedo, o pastor Anderson Silva acusou André Valadão de mentir. Em seu perfil no Instagram, o religioso publicou uma imagem que evidencia o surgimento do Ministério de Jovens Adultos, em 7 de maio deste ano, na Lagoinha, em Guarulhos. Na publicação feita pelo perfil ligado à igreja e que comunica o início das atividades, Joilson é citado como líder. “A reputação de uma instituição não é mais importante que as vítimas!”, escreveu Anderson, que atua como pastor na Igreja Vivo por Ti, em Brasília (DF).  
 
Em agosto de 2022, por exemplo, Joilson também comemorou um ano e quatro meses na superintendência de GC’s — também chamados de Grupos de Crescimento — na Lagoinha de Guarulhos. Vale dizer que a maior parte das publicações do pastor em seu perfil no Instagram tem caráter religioso, com mensagens bíblicas e a divulgação de fotos que mostram uma vida atuante em pregações.


 

Relembre o caso 

pastor evangélico identificado como Joilson da Silva de Freitas Santos, de 39 anos, foi preso nessa quarta-feira (7/6) pela Polícia Civil dentro de seu apartamento, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Veja o vídeo da chegada dele na delegacia:


 
Segundo a polícia, um jovem de 16 anos denunciou a violência sexual em 1º de junho na portaria do prédio onde reside Joilson. A partir daí, um boletim de ocorrência foi registrado. Outras duas vítimas, de 17 e 13 anos, foram descobertas posteriormente, o que levou o delegado responsável pelo 5º DP de Guarulhos, Fulvio Mecca, a requerer a prisão do pastor.
 
A investigação aponta que o religioso comandava uma espécie de grupo de estudos sobre sexualidade. Nesse sentido, o pastor obrigava as vítimas a pesquisar vídeos e fotos pornográficos na internet e as chantageava, chegando a manter relações sexuais com elas.
 
Em nota, a Lagoinha Global disse que “o acusado recebia uma ajuda de custo para os trabalhos voluntários que exercia e não tinha autorização – bem como nenhum líder possui – para realizar atendimentos fora do prédio da igreja”.

Ataques à comunidade LGBTQIAP+

Recentemente, o pastor André Valadão se envolveu em uma polêmica. Durante um culto no domingo (4/6), na Igreja Lagoinha, em Orlando, nos EUA, ele condenou a palavra "orgulho" em referência à comunidade LGBTQIAP . No palco, o líder religioso falou sobre o movimento durante 50 minutos e, atrás dele, a plateia podia ler a frase "Deus odeia o orgulho". 


Valadão pregou que junho é o "mês que Deus mais repugna na humanidade". Segundo o pastor, caso necessário, ele e a igreja irão meditar sobre a bíblia "todo mês de junho até Jesus voltar". O objetivo seria combater "a cultura LGBTQIA+", que está "influenciando a vida do crente em Jesus". 








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