(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas BOMBOM

Depois de 85 anos, Sonho de Valsa não é mais bombom

O produto passou a ser vendido na nomenclatura wafer, com mudanças na embalagem


15/06/2023 11:14 - atualizado 15/06/2023 11:41
438

vários bombons sonho de valsa de embalagem roxa
Sonho de Valsa não é mais bombom, agora é wafer (foto: Redes Sociais/Reprodução)
O Sonho de Valsa não é mais um bombom. Isso mesmo, o doce que surgiu há 85 anos mudou de nome, desde o ano passado ele é vendido pelo nome de wafer. A decisão partiu da Mondeléz, dona da Lacta, fabricante do produto, que com a alteração está pagando menos impostos.  

Como o Sonho de Valsa era considerado um bombom, pelo formato e o modo como era embalado, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrava um tributo de 5% sobre a mercadoria. Então, a Mondeléz mudou para uma embalagem mais selada, sendo classificado agora para “Produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos”.

O ex-bombom Sonho de Valsa surgiu em 1938 e sua receita é a mesma desde então: recheio de massa de castanha de caju, casquinha de wafer, cobertura de chocolate meio amargo e ao leite. A mudança não afeta em nada a receita, a única coisa que mudou mesmo é o nome. 

Estratégia conhecida

Marcas como Garoto e McDonald's já utilizaram da mesma tática. Em 2021, o bombom Serenata de Amor também passou para a categoria de wafer. Neste ano, o McDonald’s mudou a nomenclatura do sorvete, que passou a ser vendido como bebida láctea, que possui alíquota zero de PIS/Cofins. 

Desde 2015, os chocolates e sorvetes têm uma alíquota de 5% sobre o preço de venda. Isso explica as brechas encontradas pelas empresas no sistema tributário brasileiro, porque, dependendo do enquadramento do produto, ele tem um valor de imposto diferente.
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)