Um ciclone extratropical atingiu várias partes do Rio Grande do Sul na madrugada desta sexta-feira (16/6). Até o momento, três pessoas morreram e pelo menos 12 estão desaparecidas em decorrência do fenômeno meteorológico.
De acordo com o portal "G1", o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), informou que a morte ocorreu no munícipio de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A pessoa teria sofrido uma descarga elétrica e tinha 23 anos de idade.
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Em decorrência do ciclone, há também registros de estradas bloqueadas, voos cancelados e falta de energia elétrica em várias regiões. A capital, Porto Alegre e pelo menos outros 15 municípios também foram atingidos por alagamentos, devido ao grande volume de chuvas.O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), orientou os moradores da cidade a não saírem de casa. "A quem tiver possibilidade, fazemos apelo para que evitem deslocamentos", publicou em suas redes sociais.
Há também registros de estragos causados pelo ciclone extratropical em Santa Catarina. O fenômeno meteorológico já deixou pessoas desabrigadas, isolou comunidades e também causou alguns deslizamentos.
O que é um ciclone extratropical?
O ciclone extratropical é um fenômeno meteorológico que é responsável por causar chuvas fortes e rajadas de vento. Os ciclones extratropicais são considerados fenômenos comuns na história climática brasileira e, geralmente, se formam no extremo sul do país, entre o Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina.De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, o volume de precipitação pode atingir acima dos 60 mm/h ou superior a 100 mm/dia. A velocidade dos ventos pode ultrapassar a marca dos 100 km/h. Tal fenômeno pode provocar alagamentos, deslizamentos e enxurradas, destelhamentos, danos nas redes elétricas e quedas de árvores.